18/02/2021 às 22h28min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h18min

Instituto Butantan terá vacina 100% brasileira contra o coronavírus

O Governador de São Paulo arrecadou R$ 162 milhões em doações privadas para a construção da nova fábrica do Instituto Butantan, para produção da vacina contra o coronavírus. Com capacidade de produção de 100 milhões de doses por ano, a planta será construída com doações da iniciativa privada realizadas durante as reuniões do Comitê Empresarial Solidário e Econômico em um esforço coordenado pela InvestSP e pela organização social Comunitas. Obras iniciadas As obras da nova fábrica do Butantan já tiveram início em novembro do ano passado. O novo espaço, que fica pronto em setembro deste ano, terá cerca de 11 mil m² e além de produzir as doses da vacina contra a COVID-19, poderá fabricar outros imunizantes. “A construção desta nova fábrica é um passo muito importante no enfrentamento da pandemia no Brasil e no mundo. O apoio da iniciativa privada foi fundamental para viabilizar este processo de forma célere. Ultrapassamos a meta de R$ 160 milhões inicialmente prevista e nos próximos meses concluiremos a obra. Ainda neste ano daremos início à produção integral da vacina em nosso país. É uma grande vitória nessa luta contra o coronavírus”, destacou o presidente da InvestSP, Wilson Mello. A nova fábrica do Butantan terá produção totalmente nacional da vacina, eliminando a necessidade de importação do IFA (Insumo Farmacéutico Ativo), matéria-prima que dá origem ao imunizante CoronaVac. A CoronaVac é fruto da parceria do Instituto Butantan com a farmacêutica chinesa Sinovac. Com a transferência de tecnologia e a ampliação das instalações, o Butantan terá independência produtiva do imunizante e capacidade estimada de cerca de 100 milhões de doses fabricadas por ano. Atualmente são cerca de 80 trabalhadores atuando no local. Em três meses esse número deverá ser ampliado para 280. Neste momento, estão sendo realizadas a raspagem do piso, reforços estruturais, marcações e divisórias. Estão em fase final os projetos de eletromecânica, ar-condicionado e arquitetura. Doações Até o momento participam do processo de doação as empresas AmBev, Americanas, Astellas, B2W Digital, B3, Ball, Bradesco, BRF, BTG, Comgás, Cosan, Daycoval, Droga Raia, Falconi, Fundação Casas Bahia, iFood, ISA CTEEP, Itaú, JBS, Magalu, Minerva Foods, Novelis, Peninsula, PWC, Rappi, Rede D’Or, Safra, Santander, Sinditêxtil, Sindusfarma, Stone, Stocche Forbes, Tishman Speyer, Vale, Votorantim e XP. Um núcleo de governança foi criado para gerir o processo de estruturação da nova fábrica. Ele é composto de 12 membros e conta com a participação de representantes de entes públicos, privados e da sociedade civil. O núcleo coordena quatro comitês divididos por áreas: recebimento de fundos para a nova fábrica, modelagem jurídica e compliance, execução da obra e montagem e comunicação. “A pandemia do coronavírus fez com que a sociedade despertasse para uma nova realidade: somente trabalhando junto e unindo esforços públicos e privados conseguiremos superar o vírus”, diz Regina Esteves, diretora-presidente da Comunitas. Foi a partir desta convicção que o Governo do Estado, a Comunitas e as empresas se mobilizaram e criaram um pacto coletivo para produzir a vacina contra a COVID-19 em larga escala e tentar barrar de vez a contaminação. “Acredito que este é um dos maiores projetos de governança compartilhada já existentes no Brasil”, completa Regina Esteves


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