11/02/2021 às 21h08min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h19min

Carnaval será nova onda de transmissão de Coronavirus? Fiscalização não existe, informam os moradores

Mesmo com as recomendações e políticas públicas, a população vem denunciando aglomerações em bares e festas na região oeste, principalmente Pinheiros e Vila Madalena, desde o início da pandemia. Com a chegada do Carnaval, a pergunta sobre possíveis aglomerações e algazarras, ficam no ar. Na semana passada, foi lançado um relatório que divulgava dados afirmando o recorde de casos de coronavirus no mês de janeiro. O Carnaval sempre foi a festa popular mais tradicional e com grande adesão da população brasileira. São Paulo vinha ampliando seus números de foliões ano a ano, com a Vila Madalena e Pinheiros como epicentro da folia. Como será este próximo Carnaval? Bebidas só até as 20 horas. Mas e a fiscalização é ineficiente Atualmente, a venda de bebidas alcoólicas em lojas de conveniência só pode ocorrer entre 6h e 20h em todos os 645 municípios. Somente a partir da fase verde, a mais branda, é que essa comercialização poderá voltar a ser feita sem as restrições atuais. De acordo com a Prefeitura, quanto à permissão para atividades e setores econômicos, o município segue as disposições do Plano São Paulo, elaborado pelo Governo do Estado. Mas a comunidade denuncia abusos após as 20 horas, e a fiscalização ineficiente do PSIU, que inexiste, bem como a Subprefeitura que não atende os moradores. Assim, o carnaval deve ‘correr solto’ pelas ruas da região. Segundo o Executivo Municipal, a atribuição legal para fazer a fiscalização das definições estabelecidas pelo Decreto Estadual é da polícia, uma vez que quem infringe determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa, comete crime, de acordo com o artigo 268 do Código Penal. Mas também a fiscalização é péssima, pelo grande número de bares e restaurantes, afirmam os moradores. “GCM e PM nunca atendem quando são chamados”. Festival “Tô Me Guardando” Para incentivar uma folia caseira, a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, anunciou o “Festival Tô Me Guardando”, que terá apresentações e vivências artísticas virtuais e gratuitas, com transmissão nas redes sociais. O Festival, cujo nome faz alusão à música “Quando o Carnaval Chegar”, de Chico Buarque, começa hoje (12), e vai até o dia 28 de fevereiro. O objetivo é fomentar as atividades dos blocos do Carnaval de Rua de São Paulo, mesmo com a necessidade de isolamento social. As apresentações do “Tô Me Guardando 2021” vão acontecer no ambiente online, no durante fevereiro, fortalecendo a cultura dos blocos de rua e reconhecendo o seu valor para a cidade. O evento de rua foi adiado e ainda não existe previsão quando poderá ser realizado, pois isso depende das determinações das autoridades de Saúde. Cultura informa “Por um lado, lamentamos muito o fato de não podermos realizar o Carnaval de Rua da cidade de São Paulo com a potência que ele já demonstrou. Por outro lado, é um momento de responsabilidade com a vida, de responsabilidade com as instituições da saúde”, comenta o secretário municipal de Cultura, Alê Youssef. “Por isso estamos fazendo um festival que vai contribuir de alguma forma para mitigar os impactos da pandemia, tanto na alegria e na possibilidade de os blocos desenvolverem atividades, como também para preparar a cidade para a volta do evento”, disse.


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