21/01/2021 às 23h51min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h19min

Estamos preparados para as chuvas?

A cidade é conhecida como “terra da garoa” por ser comum o registro de chuvisco (garoa) associado à maritimidade, no entanto a urbanização densa fez com que a entrada dessa umidade marítima fosse dificultada e a ocorrência do fenômeno tem sido cada vez mais escassa. No verão, porém, São Paulo torna-se a cidade das chuvas. Segundo dados do Climatempo, se trabalharmos com as médias dos últimos trinta anos, os índices pluviométrico de São Paulo variam, em média, de 36 mm em julho para 237 em janeiro. Ou seja, no verão, é possível chover até 7 vezes mais do que no inverno. Em matéria de fevereiro, especialistas ouvidos pela BBC explicam que muito dos problemas causados pelas chuvas na cidade estão associados à drenagem, à ocupação do solo e à prevenção. Graças a sua constante urbanização, cada vez menos há espaço para a água infiltrar no solo. Matéria da Folha de São Paulo destaca que a Prefeitura investiu cerca de R$ 540 milhões dos perto de R$ 800 milhões reservados para o tema. Isto representa em torno de 65% da verba. A Prefeitura na reportagem afirmou dos R$ 786 milhões, R$ 715,5 estariam reservados. A diferença estaria no que está comprometido mas não liquidado. Em 2020, a Gazeta de Pinheiros – Grupo 1 de Jornais trouxe a informação de que a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (SIURB), informa que a atual gestão já entregou oito novos piscinões (Guamiranga, Cordeiro 1, Diógenes Ribeiro de Lima, Aliomar Baleeiro Norte, Aliomar Baleeiro Sul, Tremembé R1, Tremembé R3 e Tremembé R5) e um pôlder (Aricanduva R6) desde 2017. Os equipamentos inaugurados ampliaram a capacidade de armazenamento em 1,5 milhão de m³ em apenas quatro anos, o equivalente a 661,7 piscinas olímpicas e que representa 30% em relação aos 34 reservatórios existentes até 2016.O número de novos reservatórios chegará a 15 até o fim do ano, quando entrarão em funcionamento mais três piscinões (Lagoa Aliperti, Paciência e Taboão) e três pôlderes (Aricanduva R3, R7 e R8). Isso representa um aumento de 44% em relação ao encontrado em 2016 pela atual gestão. Ainda neste ano terá início a obra do piscinão do Córrego Paraguai-Éguas, na zona Sul. Para auxiliar na contenção das enchentes na região da Vila Madalena, a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (SIURB) elaborou o projeto executivo, realizou o licenciamento ambiental e contratou as obras de drenagem do Córrego Verde, cuja principal intervenção é a construção de um piscinão na Rua Abegoária. Em 2010, no entanto, foram movidas duas ações que embargaram a obra: uma pelo Ministério Público e outra pela Associação dos Amigos do Jardim das Bandeiras. A SIURB já demonstrou que a construção do reservatório é a solução mais viável técnica e financeiramente, além de representar menor impacto para a região. A SIURB aguarda a decisão judicial. Quanto às obras do córrego Antonico, o processo licitatório para a canalização do córrego do Antonico e urbanização das quadras do entorno está em andamento pela Secretaria Municipal de Habitação. O projeto irá urbanizar a área central de Paraisópolis. Prevê a urbanização das quadras no entorno do córrego, canalização do córrego e implantação de um parque linear, pista de skate, quadra poliesportiva, praça com equipamentos de ginástica, playground e ciclovia. A canalização do Antonico é uma obra extremamente complexa e que deve ser realizada integralmente. Para tanto a secretaria elaborou o projeto executivo, que tem como uma de suas principais características buscar alternativas de canalização onde a água seja tratada como agente transformador dos espaços e da vida urbana da comunidade. Já para o trecho do córrego externo à favela de Paraisópolis, a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras publicou o edital de licitação para a contratação dos estudos hidrológicos e dos projetos executivos das intervenções necessárias para a bacia do mesmo nome. A empresa vencedora será conhecida após o término de todo processo legal. Neste trecho, após a finalização do projeto, as obras serão licitadas e executadas pelo Governo do Estado.


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