21/01/2021 às 23h44min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h19min

Santo Amaro comemora 469 anos

Antes uma cidade, o histórico bairro paulistano de Santo Amaro completa neste mês 469 anos de história. Para as comemorações, a Subprefeitura de Santo Amaro e o Centro Cultural de Santo Amaro programaram uma agenda cultural especial, em comemoração ao aniversário de 469 anos do bairro. São vários eventos realizados de diversos locais, onde a população poderá participar de forma online pelo Youtube da Subprefeitura e pelo Facebook do Centro Cultural. Em função da pandemia do Covid-19, os eventos que ocorrem nos teatros da região terão público limitado e o acesso só será permitido mediante inscrição prévia, além de respeitar todas as determinações sanitárias exigidas pelas autoridades de saúde. Isso incluí o uso de máscaras, de álcool em gel e distanciamento social. Na entrada dos teatros haverá dispositivo com álcool em gel e aferição de temperatura. História Da aldeia dos índios guaianases à beira do rio Jeribatiba (Jerivá – palmeira que produz cocos e tiba – abundância), na localidade de Ibirapuera (mata grande), a aldeia do cacique Caá-ubi será base da futura cidade de Santo Amaro. Em junho de 1556, na Capitania de São Vicente, os jesuítas estavam repartidos em três locais determinados pelo Padre Provincial dos Jesuítas, Manoel de Nóbrega: Casa de São Vicente (São Vicente); Casa de São Paulo da Companhia de Jesus (São Paulo) e Jeribatiba (Santo Amaro), locais onde os jesuítas realizavam trabalhos de catequese e educação de crianças índias e mamelucas. José Anchieta vindo do povoado de São Paulo de Piratininga (São Paulo), em uma das várias vezes que visitou a Aldeia de Jeribatiba percebeu que, devido ao número de índios catequizados e colonos instalados na região, era possível constituir ali um povoado, idéia aprovada pelos moradores. Para tanto se fazia necessário a construção de uma capela, necessitando, então, de uma imagem a quem esta capela seria dedicada. Sabia-se que pela região de Cupecê moravam João Paes e sua esposa Suzana Rodrigues, possuidores da imagem de um santo de sua devoção. Ao saber da proposta de Anchieta sobre a criação de um povoado, o casal doou a imagem de Santo Amaro (imagem até hoje preservada) para a capela “feita de taipa de pilão, não forrada”. Era uma época pioneira, marcada por fatos notáveis, como os relatos de milagres de José de Anchieta; os registros sobre o caminho dos índios guaranis que, passando por Ibirapuera, iam até a Cidade de Assuncion, no Paraguai; ou ainda a criação, em Ibirapuera, do primeiro engenho de ferro do Brasil, com minérios existentes na região. Isso em 1606. Em 1686, o Bispo do Rio de Janeiro, D. José E. Barros Alarcão, confirma a capela curada em Ibirapuera, distrito de São Paulo, elevando o povoado a categoria de freguesia, com o nome de Santo Amaro. E por muito tempo a região será conhecida por diversos nomes indígenas, como: Birapuera, Virapuera, Ibirapuera, Geribatiba, Geribativa, Jeribatiba, Santo Amaro de Virapuera, Santo Amaro de Ibirapuera; até que tomasse definitivamente o nome de Santo Amaro. Em 1829, ocorre a primeira instalação efetiva de uma colônia de imigrantes no Estado de São Paulo, na região de Santo Amaro (Parelheiros). A 7 de abril de 1833, cumprindo determinação da Câmara Municipal de São Paulo, reúne-se o eleitorado paroquial, elegendo 7 vereadores para a constituição do legislativo da cidade de Santo Amaro, agora sim desvinculada e autônoma. A partir de então Santo Amaro adquire as feições de uma cidade vigorosa.


Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Comentar

*Ao utilizar o sistema de comentários você está de acordo com a POLÍTICA DE PRIVACIDADE do site https://gazetadepinheiros.com.br/.