O Piscinão Francisco Morato, de acordo com indicação de moradores locais, continua exalando um cheiro desagradável, pois o lixo e detritos, além de agua parada e esverdeada sempre estão nas paredes de fundo, que ficam em área aberta. De acordo com as informações passadas, há esgoto a céu aberto. O calor aumenta a sensação negativa. Agora, no verão, as chuvas aumentam e a situação pode piorar. Quando chove demais os córregos enchem rapidamente e podem transbordar, provocando inundações nas áreas vizinhas. É para evitar isso que os piscinões são construídos, para armazenar o excesso de água e, consequentemente, evitar enchentes. Na média contam com uma capacidade total de 5,3 milhões de m³. No entanto, eles precisam estar sempre livres dos detritos e do lixo que costumam chegar junto com as águas e que podem reduzir sua capacidade de armazenamento. Nas proximidades de Taboão da Serra, o Piscinão Francisco Morato continua sendo alvo de críticas sobre a sua manutenção. Segundo moradores locais, o local exala odor de esgoto por toda a região, o que exigiria uma manutenção maior, com lavagem periódica de todo o fundo e paredes. Subprefeitura responde A Prefeitura de São Paulo, por meio da Subprefeitura Butantã, informa que o serviço de limpeza no Piscinão Francisco Morato é realizado diariamente. Em relação ao mau cheiro, esta administração regional afirma que segue efetuando a limpeza de bueiros, galerias e lavagens de vias próximas ao Piscinão. Os trabalhos são realizados, em média, a cada 15 dias, e intensificados em períodos de chuva. Somente na região do Butantã, entre janeiro e novembro deste ano, mais de 6 mil bocas de lobo e poços de visita foram limpos. Também foram reformados 911 poços de visita e bocas de lobo, incluindo com trocas de tampas. Em relação ao Piscinão, no mesmo período, a Subprefeitura realizou a limpeza em uma área de 3.545 m². Foram recolhidas 3.625 toneladas de detritos. Piscinão de Taboão Em dezembro do ano passado entraram em funcionamento os piscinões Lagoa Aliperti e Taboão, além dos pôlderes Aricanduva R3, Aricanduva R7 e Aricanduva R8. Anteriormente, já haviam sido entregues os piscinões Guamiranga, Cordeiro 1, Diógenes Ribeiro de Lima, Aliomar Baleeiro Norte, Aliomar Baleeiro Sul, Tremembé R1, Tremembé R3 e Tremembé R5 e o pôlder Aricanduva R6. Os novos reservatórios representam um aumento de 44% no número de equipamentos para contenção da água das chuvas, pois até 2017, a cidade contava com 34 reservatórios. Juntos, esses reservatórios podem armazenar até 1,5 milhão de m³ de água, o equivalente a 661,7 piscinas olímpicas. Córregos Além da implantação dos reservatórios, a Prefeitura executa importantes obras de canalização nos córregos da cidade. Foram concluídos 4,3 mil metros de novas galerias, canalizações e adequação de margens nos córregos Paciência, Tremembé, Dois Irmãos, Aricanduva, Cacareco, Zavuvus, Mirassol e Alcatrazes. A secretaria de Obras está trabalhando ainda em outras sete frentes de obras de canalização nos córregos Paciência, Tremembé, Aricanduva, Ipiranga, Paraguai-Éguas, Zavuvus e Anhanguera. Essas intervenções somam 6,2 mil metros. Edital No dia 29 de fevereiro de 2020, a Prefeitura publicou, no Diário Oficial do Município, o edital da Parceria Público-Privada (PPP) de piscinões (ou reservatórios de águas pluviais) da capital. Porém, o da Francisco Morato não consta no edital. Os quatro reservatórios já existentes são: Anhanguera, Guaraú, Sharp e Rincão. Os cinco novos são: na Zona Oeste, os Córrego Verde II, Córrego Tiburtino e Córrego Água Preta; na zona leste, Córrego Jacu; e, Córrego Moinho Velho (Zona Sudeste). Juntas, as cinco microbacias representam cerca de 59 km² de área. Os cinco novos apresentados vão ampliar a capacidade de reservação da cidade: aumentando em mais 454 mil m³, alcançando 6.680 mil m³, representando 7% de aumento em relação à capacidade atual. O objetivo da PPP é a requalificação, operação, manutenção e conservação de quatro piscinões já existentes, com ampliação de sua capacidade, bem como a construção, operação, manutenção e conservação de mais cinco novos piscinões, planejados pela PMSP para reduzir a mancha inundável da cidade. A PPP, na modalidade de concessão administrativa, será por 33 anos. A expectativa da Administração é que a construção de novos reservatórios e a requalificação dos existentes – o que inclui o desassoreamento e ampliação da sua capacidade de armazenamento– também signifique um aumento da eficiência do serviço, com a modernização dos equipamentos elétricos, eletromecânicos e dos sistemas de tecnologia da informação, que viabilizam a operação da drenagem e manejo das águas pluviais. A PPP dos Piscinões está no Programa de Metas da Prefeitura, no Objetivo Estratégico 32 - Implantar projetos de desestatização.