21/01/2021 às 22h25min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h19min

Festas e aglomerações aumentam o risco de contágio

Festas clandestinas aumentam risco de contaminação de covid-19. Ambientes com aglomeração são vulneráveis a uma maior exposição e ampliação de pessoas contaminadas. O mapeamento aponta um índice de prevalência da infecção pelo vírus de 14,1% em toda cidade. A zona Centro-Oeste é a com menor incidência. A covid-19 é um inimigo invisível e os riscos de contágio aumenta muito em ambientes fechados com aglomeração. Denúncias apontam que festas clandestinas acontecem semanalmente. A utilização de máscaras e o distanciamento social ainda são regras a serem seguidas. A Secretaria de Saúde do Estado disponibilizou canais de comunicação para que a população possa denunciar eventos clandestinos. O contato pode ser feito por telefone (3065-4666) e e-mail ([email protected]). Aumento 68% de casos em dezembro O acumulado do mês de dezembro representa um aumento de 68% em casos e 57% em óbitos em comparação aos 30 dias do mês de novembro. O Centro de Contingência do Coronavírus de SP divulgou a “Carta pela Vida”, assinada pelos 20 especialistas do grupo, com orientações quanto aos cuidados que devem ser tomados para evitar a disseminação do coronavírus. “Boa parte das pessoas que transmitem o coronavírus é assintomática, por isso festas, encontros sociais e aglomerações devem ser evitados neste momento. A ação consciente de todos neste período do ano é parte vital na contenção da propagação do vírus”, defendem os especialistas, em trecho do documento divulgado. O Centro também destacou a importância das medidas de proteção como manter as mãos limpas, uso de máscara e álcool em gel e respeito ao distanciamento social. Mapeamento A Prefeitura apresentou os resultados da Fase 1 de 2021 do Inquérito Sorológico, realizado com os moradores da capital entre os dias 5  e 7  de janeiro. O mapeamento aponta um índice de prevalência da infecção pelo vírus de 14,1%. Entre os que testaram positivo, 36,1% estavam assintomáticos. Durante a coletiva também houve o anúncio dos resultados do estudo de sororreversão (retestagem da população). Clique aqui e saiba mais. Nessa primeira fase do inquérito de 2021, o índice da prevalência praticamente se manteve em relação à última fase do estudo semelhante, com a mesma metodologia, realizado pela SMS em 2020 (que indicou 13,6% dos testados haviam se contaminado com o vírus). Na primeira parte dessa nova pesquisa de 2020, merece destaque o aumento de casos na Coordenadoria Regional de Saúde Leste da capital, que apresentou índice de prevalência de 19,4%, seguida por 16,4 % de índice de prevalência na região Sul, 12,4 % na Sudeste, 10,9 % de contaminados na Norte e 8,1 % na região Centro-Oeste da cidade. Na última fase do inquérito de 2020, os índices de prevalência de contaminação de acordo com a região da cidade eram 19,8% na região Sul, 13,8% na região Norte, 11,7% na região Leste, 10,3% na Sudeste e 5,5% na região Centro-Oeste da capital. A contaminação se mostrou maior, com indicadores superiores à média, em pessoas com idade entre 35 e 49 anos (19% de prevalência) – seguidas pelas pessoas de 50 a 64 anos, que apresentaram 13,7 % de prevalência. Em relação à escolaridade, a fase 1 do inquérito de 2021 apontou que 16,6% das pessoas com testes positivos possuem ensino médio, 14,3% nunca estudaram e 13,2% possuem ensino fundamental. No levantamento por raça e cor, os pretos e pardos seguem com um maior índice de exposição ao vírus, 15,6%. Quem mora em domicílios com apenas um ou dois moradores continua menos arriscado à contaminação do que os moradores de domicílios mais adensados, com maior número de residentes. A Prefeitura incluiu nesse novo inquérito de 2021 mais uma categoria de pesquisa, a relativa ao contato social. O levantamento indicou taxa de prevalência do vírus em 28,9% das pessoas que declararam não restringir contatos, contra 11,4% de contaminação entre os que afirmaram manter contatos apenas com quem reside no seu próprio domicílio. As pessoas que trabalham fora de casa são as mais expostas à contaminação (20,7% de prevalência), assim como os desempregados, que circulam em busca de recolocação profissional (17,1%), em comparação aos que conseguiram manter o teletrabalho (índice de 8,1% de prevalência). A máscara, usada regularmente por 95,2% dos testados, se manteve como fator preventivo fundamental para evitar crescimento ainda maior da pandemia na cidade.


Link
Notícias Relacionadas »