27/11/2020 às 22h36min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h20min

Barulhos de obras noturnas e nos finais de semana incomodam a população

O desenvolvimento da região impacta no aumento de construções de imóveis na região. Assim, gradativamente, Pinheiros, Butantã, Morumbi e Santo Amaro têm sofrido os efeitos da verticalização. Um deles é a presença constante de obras e construções e os barulhos que estão relacionados. Hoje Pinheiros é um dos lugares mais sofisticados de São Paulo. Reduto da classe média, possui uma rede comercial grande e diversificada (roupas, sapatos, móveis, comidas e bebidas, bancos etc.) e uma intensa vida cultural (livrarias, casas noturnas e bares, feira de artes e antiguidades, academias de dança etc.). Além de ter seus caminhos cruzados por ciclovias, que facilitam o deslocamento para os ciclistas. Moradores locais trazem depoimentos sobre os barulhos de obras. “Sou morador da Vila Madalena, minha casa fica voltada para os fundos de um prédio comercial/escritórios que fica na rua Inácio Pereira da Rocha. Há um mês, todos os domingos venho enfrentando barulhos de obras desse prédio. No primeiro dia liguei no prédio e o segurança me informou que pela “lei” do condomínio as obras lá só são feitas à noite ou de domingo, para não atrapalhar os outros escritórios do prédio. No segundo domingo que foi seguido de uma segunda feira de feriado, a obra seguiu nos dois dias, domingo e feriado, serras e marteladas. Durante a semana eu fui no condomínio tentar falar com o zelador, mas não consegui, anotaram o meu telefone e nenhum retorno. Para dormir ainda não existe lei que regulamenta horário, já para barulho excessivo nos domingos e feriados a lei existe. Liguei no Psiu mas eles agendam uma visita para 30-60 dias. Acredito que até lá já tenha acabado. Com o bairro de enchendo de prédios comerciais, acredito que alguém tenha  enfrentado algo parecido. “A.M. “Eu passo pelos mesmos problemas. Moro na Fradique Coutinho esquina com a Cardeal Arcoverde e aqui tem um prédio comercial que aluga salas. Este prédio funciona todos os dias, e diariamente eles fazem obras, inclusive aos domingos. E durante a semana começa 7 da manhã e já se estendeu até 11 horas da noite .Passo isso há mais de 10 anos. Se nada der certo e continuar, agora no começo faça reclamação no 156, procure opções do obras irregulares... eu já fiz mais de 20 sobre o prédio que falei, e infelizmente demora de 30 a 60 dias para apurarem e só procuram por alvará. A outra coisa que pode fazer, é junte o máximo de moradores possíveis, junto com o síndico do seu prédio e vá lá reclamar também, mas durante a semana. Pode fazer denúncias na polícia sobre obras em horários irregular e fazer um B.O.”G.A. “Eu passo pelos mesmos problemas. Moro na Fradique Coutinho, esquina com a Cardeal Arcoverde e aqui tem um prédio comercial que aluga salas. Este prédio funciona todos os dias, fazendo obras, inclusive aos domingos, e durante a semana começa 7 da manhã e já se estendeu até 11 horas da noite. Passo isso a mais de 10 anos.” A.C. “Sou síndica de prédio residencial e infelizmente as convenções de prédios comerciais são exatamente ao contrário dos nossos: reformas só à noite e fins de semana. Infelizmente não há o que fazer. Porque a irregularidade da obra, cabe ao síndico deles fiscalizar e a lei do silêncio não se aplicaria neste caso... Também temos aqui ao nosso lado uma obra de prédio comercial há mais de um ano, que foi desde a demolição, nova fundação, muito barulho e só temos que lamentar. Quanto maior o prédio comercial, mais transtornos, pois a cada mudança de locador vem atrás uma obra de reforma.”  V.D. “É hora de a prefeitura começar a levar a sério a questão do barulho nesta cidade! Eu também já estou no terceiro endereço na região e não aguento mais. É obra o tempo todo, não impõem limites. E ainda tem a turminha dos happy hours, entregadores de App reunidos embaixo de janela de prédio residencial falando alto o dia inteiro (tudo sem máscara), além de várias coisas, bar com música ao vivo, etc. Não se pode ter tantas obras ao mesmo tempo num mesmo bairro e deveria haver um limite e jamais aos fins de semana. Como fizeram com os outdoors, que foram banidos, as autoridades deveriam pegar mais pesado com a poluição sonora. Mas como cobrar isso da prefeitura quando eles mesmos mandam a Sabesp furar a rua com britadeira ente 20h e 5h da manhã?” E.R. “Aqui do lado construíram um prédio novo que tem uma quadra de tênis. É como se os tenistas estivessem jogando dentro da minha casa. Insuportável, tanto o barulho da bolinha como dos gemidos e urros e palavrões desse povo egoísta e sem senso de comunidade. O prédio inteiro é adepto do negócio, praticam das 8h da manhã até 23h. Nada contra a prática esportiva, mas a alegria de uns não pode resultar na opressão do outro. Quando construíram esse prédio, por exemplo, avaliando que há outras residências no entorno, deveriam ter considerado fazer uma quadra coberta, com isolamento acústico. Haverá futuro para uma gente que nunca pensa no próximo? Falta de empatia total.” R.E. “Existem arquitetos bem conscientes, que estão atentos a tudo isso que você abordou. Mas é uma minoria... ” V.Z. Legislação Em matéria de agosto sobre o assunto, o Executivo Municipal afirmou que a legislação relacionada às aprovações de empreendimentos não prevê nenhum tipo de regramento sobre horários para realização de obras. Entretanto, o proprietário e/ou os responsáveis técnicos respondem pela correta execução da obra. Procurada, a Prefeitura não respondeu até o fechamento desta edição.


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