01/10/2020 às 22h00min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h24min

Moradores seguem na luta contra invasão de pernilongos

População local afirma que ações contra a infestação de pernilongos que assola a região não têm surtido o efeito esperado. De acordo com os moradores, os insetos continuam presentes em grande número. A Prefeitura afirma que a aplicação de inseticida por meio de termonebulização vem ocorrendo desde o início de agosto e continuará acontecendo nas próximas semanas, cumprindo todos os critérios técnicos do programa. Conforme a Gazeta de Pinheiros – Grupo 1 de Jornais tem denunciado nas últimas semanas, a infestação de pernilongos que ataca a região tem causado estresse na população local. Além do incômodo, os mosquitos podem trazer doenças.   Centenas de reclamações “Fumacê da Prefeitura já perdeu o efeito”; “Não conseguimos dormir”; “Nunca tivemos uma infestação tão grande de pernilongos e outros insetos”; “Foi o abandono do tratamento das margens de rios e córregos?”; “Vila Madalena, Pinheiros e região oeste estão abandonados pelos serviços de prevenção”; “Butantã e Santo Amaro, além de Itaim e até Taboão da Serra, estão sendo invadidos pelos insetos.”; “Gostaria de saber se algum morador viu o carro do fumacê esse final de semana, conforme havia sido prometido...”. “Estamos há uma semana sem conseguir dormir. Ficar em casa tem se tornado um verdadeiro inferno. Esse final de semana, com este calor insuportável, tivemos que manter todas as janelas fechadas. Pergunto: o que fazer? A situação chegou no limite.” – S.A. “Não me lembro de uma fase tão ruim como esta. Durmo à tarde, pois esses pernilongos não estão me deixando dormir à noite. Já usei tudo: SBP, Raid, pastilha de tomada e parece até que foram revigorantes. Um que resolveu um pouco foi o Jimbo, mas o cheiro é muito forte.” – J.D.M.E. “Passaram a pé pela minha casa e garantiram que iriam passar a fumaça às 6h, mas não escutamos nada por aqui e os pernilongos gigantes andam perturbando demais!” – R.S. “Passaram na quinta e sexta-feira passada às 6h30 em ambos os dias. Muito barulho (que me acordou), quase nenhuma fumaça e os mosquitos continuam nos infernizando. O problema permanece como se não tivessem passado.” – M.O. “Na Mourato Coelho eu não vi. Está impossível dormir. Até de dia eles atacam.” – D.C.D. “A temperatura alta neste inverno atípico aumentou a proliferação dos pernilongos. Vigilância Ambiental faz as ações necessárias para diminuir, tais como: monitoramento dos córregos da região para análise de larvas, solicitação da limpeza e remoção de vegetação dos mesmos; monitoramento e solicitação da limpeza de bueiros e galerias; aplicação de fumacê e orientação e panfletagem nas residências. Faça você também! Abra uma solicitação através do 156, verifique os locais com agua parada em sua residência, limpe e trata a piscina regularmente, e vede bem fossas e ralos.” – Saap (Associação Amigos do Alto de Pinheiros) Respostas A Prefeitura de São Paulo informa que mantém, juntamente com o Governo do Estado, a ampliação da ação conjunta para controle de pernilongos nas proximidades de córregos e rios. O município realiza, diariamente, ações de monitoramento e controle preconizadas pelo Programa de Controle do Culex no Rio Pinheiros. Além disso, a SMS, através da Unidade de Vigilância em Saúde (Uvis) Lapa/Pinheiros, tem realizado ações para o combate aos mosquitos, por meio de Ultra Volume Baixo (UBV) veicular, em toda a região. Nesta semana, entre os dias 28 e 30, juntamente com a Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae), a SMS está realizando aplicação de inseticida nas margens do rio Pinheiros, por meio da técnica chamada Ultra Baixo Volume (UBV). Dentre as ações preventivas realizadas estão, de acordo com a Prefeitura: monitoramento quinzenal de todos os córregos pertencentes à área de abrangência da região; envio de relatórios mensais à Divisão de Vigilância em Zoonoses e à Subprefeitura local; solicitação de manutenção e limpeza de bueiros e galerias; vistorias nos endereços solicitados; mapeamento e diagnóstico de área, com o cruzamento de informações obtidas em vistorias; aplicação de inseticida em áreas delimitadas. O Executivo Municipal também destaca a importância da colaboração da população para evitar água parada dentro de casa e exposição de objetos que podem contribuir para a proliferação de mosquitos. Existe uma relação direta entre aumento da temperatura e a capacidade de multiplicação dos mosquitos. Deste modo, o ciclo dos mosquitos foi antecipado por conta das altas temperaturas verificadas na fase final do inverno e início da primavera. Nesta situação, os ovos eclodem mais rápido, provocando o aumento da população dos insetos. A aquisição de insumos, EPIs e equipamentos para o controle vetorial dos mosquitos é realizada de forma centralizada pela Coordenaria de Vigilância em Saúde (Covisa) e distribuída para as Uvis. A Divisão de Vigilância de Zoonoses da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (DVZ) acaba de adquirir 30 veículos picape cabine dupla, que estão sendo distribuídas às 27 Uvis. Esses novos veículos carregarão as mini UBVs, responsáveis pelas ações de nebulização de inseticida e larvicida biológicos, para combates aos mosquitos Culex (pernilongos) e Aedes Aegypti (causador da dengue). Os veículos atuarão no combate aos mosquitos especialmente em pontos estratégicos (com maior tendência de acúmulo de mosquitos) e imóveis especiais, de maior trânsito de pessoas em épocas fora da pandemia (como escolas, creches, asilos e igrejas). A nova frota dobra a capacidade atual das Uvis no combate aos mosquitos nas zonas periféricas, próximas a rios e córregos e nas ações casa a casa. Com a pandemia, a frequência das dedetizações se manteve. Houve apenas orientações técnicas para os agentes não adentrarem nos domicílios, mantendo-se as inspeções para eliminação de criadouros em quintais, garagens e jardins. Antes da pandemia, todo o domicílio era inspecionado. O canal para solicitações sobre mosquitos é o Portal de Atendimento da Prefeitura de São Paulo 156: https://sp156.prefeitura.sp.gov.br/portal/tipos-servicos?tema=612.  


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