26/09/2020 às 21h06min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h24min

Máscaras são pouco usadas nas ruas

A população local denuncia a não utilização de máscaras em locais públicos na região. Uma das marcas do período, a utilização do material auxilia no combate à transmissão da Covid-19. Seu uso é recomendado pela Organização Mundial da Saúde. Porém, mesmo em aglomerações, é frequente a não utilização da proteção. A Prefeitura salienta a importância das máscaras. As máscaras são usadas como parte de uma estratégia para diminuir o alcance do contágio de Covid-19. A Prefeitura de São Paulo reforça que a cidade continua em quarentena, com a orientação para que as pessoas mantenham distanciamento social. Entretanto, moradores locais registram grande número de pessoas sem o material de proteção.   Depoimentos “A máscara também tem que cobrir o nariz. Pelas ruas e comércios do bairro do Alto de Pinheiros, infelizmente, vejo pessoas de todas as idades usando máscara com o nariz descoberto. Brasileiro é ...complicado!” – J.L.   “As pessoas pensam que é cachecol. As babás, na Praça das Corujas só usam no pescoço!” – M.T.S.S.   “Se a pessoa não quer usar, é direito dela, mas pode estar acabando com a vida de outro. Já pensou nisso? O egoísmo dela pode matar, simples assim. E ninguém tem esse direito.” – P.G.I.   “O egoísmo impera! As máscaras só funcionam se todos usarem, pois protegem o próximo. Para isso, é preciso empatia, algo escasso por aqui. Ah, é lei também, e lei é para todos.” – A.V.   “Isso é verdade. Tem muita gente andando assim e não apenas nesse bairro.” – S.A.   “Apenas lembrando que pandemia é de responsabilidade coletiva. Não é individual. Isso de ‘cada um cuida da sua vida’ não funciona quando o assunto é uma pandemia. Para melhorar, precisa da contribuição de todos.  Então não vai achando que a pessoa andando assim vai prejudicar apenas ela mesma, tá?” – A.R.   “Muita falta de consciência social nesse mundo do ‘cada um faz o que quer’” – E.F.   “Saí para caminhar hoje pelo bairro. Voltei correndo para casa. Um monte de gente correndo, andando de bike, patins e passeando com o cachorro com máscara no pescoço. Este país é muito insano e não sabe cumprir regras básicas em prol da coletividade. Vou voltar a me trancar em casa. Sair me deixa no modo desesperada!” – A.M.   “Sei que não é o caso de todo mundo, mas eu tenho reação alérgica que dá justamente tosse quando estou há muitas horas com a máscara. Esses dias, em um voo, depois de mais de 4 horas sem tirar a máscara, começou a crise, e foi um sufoco, o avião estava decolando, senão ia até o banheiro tirar para respirar. Os próprios passageiros me acudiram, mas só passa quando tiro a máscara por cinco minutos. E o próprio comissário me recomendou a tirar a máscara. Tomei água e passou. Fiquei constrangida porque a tosse alérgica só passaria se eu tirasse a máscara, mas muitos passageiros poderiam achar que era Covid-19 e se manifestarem por isso. Por sorte, quem estava por perto percebeu, teve empatia e recoloquei a máscara assim que passou.” – F.Z.   “Ficar analisando o local exato da máscara no rosto, até de quem está sozinho de bicicleta, já está virando obsessão. Isso não é cuidado coletivo.  Eu gostaria de ver algum dia, quem sabe, quando essa pandemia acabar, ver essa indignação sobre as aglomerações e máscaras no nariz com a mesma intensidade para a falta de atenção aos deficientes físicos e intelectuais. Imagine alguém revoltado com um estabelecimento que não tem adaptação para cadeiras de rodas? Imagine alguém aqui perguntando onde se denuncia uma escola que recusou matricular uma criança autista? Ou contando o número de carros no estacionamento dos supermercados que bloquearam a saída de carros de deficientes físicos da mesma maneira que contam o número de pessoas sem máscara na ciclofaixa? Reclamar de parquinhos sem brinquedos adaptados para crianças especiais? Infelizmente, nunca veremos essa indignação, pois não nos afeta , não nos faz ter medo da morte. Quem sabe nos jornais e na TV, repórteres na frente da praia mostrando que não tem rebaixamento nas calçadas para o cadeirante atravessar a rua? Ou uma notícia de que saiu uma lei com normas e protocolos rígidos para as escolas adaptarem toda sua estrutura e receberem crianças com paralisia cerebral, e a lei também obrigaria  a ensinarem libras para as crianças, a fim de se socializarem com os amiguinhos surdos? De coletivo, para mim, essa preocupação não tem nada. É, sim, um grande egoísmo: ‘vou te vigiar para eu não pegar’. Pouco se importam com o outro.” – A.P.N.B.   “Sábado (19), às 20h, na Praça  Benedito  Calixto. Todo mundo sem máscara. Reclamação geral  dos moradores locais. Cadê as autoridades municipais para acompanhar isso?” – E.G.   Prefeitura afirma fiscalizar comércio A Secretaria Municipal das Subprefeituras fiscaliza diariamente os estabelecimentos comerciais que excedem o horário permitido pela legislação municipal e/ou que descumpram os protocolos estabelecidos para a retomada gradual das atividades, como o uso de mesas nas calçadas, com apoio da GCM e da PM. Desde o início da quarentena, os agentes têm trabalhado na fiscalização e 1.146 estabelecimentos foram interditados por descumprirem as regras vigentes. Destes, 733 são bares, restaurantes, lanchonetes e cafeterias. O valor da multa é de R$ 9.231,65, aplicada a cada 250m². Os estabelecimentos devem solicitar a desinterdição na Subprefeitura da região.   Secretaria de Saúde reforça necessidade de máscara A Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal da Saúde, afirma que tem realizado, desde o dia 1º de julho, via Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), vistorias estratégicas em estabelecimentos comerciais e abordado munícipes para reforçar a importância e a necessidade do uso correto de máscaras de proteção facial para evitar a propagação de gotículas nasais ou salivares no ambiente. Os agentes orientam e conscientizam os cidadãos e os estabelecimentos para afixarem cartazes nos comércios, com orientações sobre a Covid-19 e o uso correto da máscara. A Secretaria Municipal da Saúde recomenda que cada munícipe verifique as condições de uso da máscara individual, estas são: fazer a limpeza adequada das mãos com preparação alcóolica a 70% antes de manusear a máscara, cobrir totalmente a boca e o nariz, evitar toques na máscara durante o uso, não utilizá-la por grandes períodos de tempo, sendo o máximo de três horas, e recomenda-se o limite de trinta lavagens às máscaras de tecido. As denúncias sobre locais com pessoas sem máscara podem ser feitas pelo telefone 0800 771 3541, disque-denúncia da Vigilância Sanitária. É garantido o sigilo e anonimato. No município, a denúncia pode ocorrer via portal 156: https://sp156.prefeitura.sp.gov.br/portal/servicos/informacao?servico=3681.  


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