Fundada em 1893, antes mesmo da criação da USP, a Escola Politécnica (Poli) já formou mais de 30 mil engenheiros e seus especialistas e pesquisadores fizeram parte de importantes momentos da história, com contribuições para o desenvolvimento científico e tecnológico brasileiro. 127 anos O evento online Dia da Poli, em comemoração aos 127 anos de fundação da Escola Politécnica contou com a participação do reitor da Universidade de São Paulo (USP), Vahan Agopyan. A iniciativa foi promovida pela Associação dos Engenheiros Politécnicos (AEP), com a participação do Clube Minerva. A Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli/USP) tem mais de um século de história, formando gerações de engenheiros que têm se destacado não só em suas especialidades profissionais, mas também na vida política do país e na administração de empresas e de órgãos públicos. Fundada em 1893, a então denominada Escola Politécnica de São Paulo foi incorporada à USP em 1934; hoje ela é referência nacional e considerada a mais completa faculdade de Engenharia da América Latina. A transmissão foi apresentada pelo ex-professor da escola e diretor-geral da AEP Dario Gramorelli e contou com a participação de docentes, funcionários técnicos e administrativos, estudantes e ex-alunos, de acordo com reportagem do Jornal da USP. “A Poli foi a primeira escola de engenharia do Brasil que trouxe a prática como parte fundamental da formação e, quando foi fundada, fazia parte de um projeto de fortalecimento do nosso estado. Também foi onde se estabeleceram os primeiros laboratórios do País, ainda no século 19”, afirmou o reitor, que é professor titular de Materiais e Componentes de Construção Civil e atua na escola há mais de 40 anos. “A escola está nos novos tempos, preza a diversidade, desenvolve pesquisas e trabalhos e continua uma das melhores do mundo no ensino da engenharia”, salientou a diretora da Poli, Liedi Légi Bariani Bernucci. Além do reitor e da diretora da Poli, também participaram do painel o vice-diretor da Poli, Reinaldo Giudici, e o professor e coordenador do Projeto Inspire, Marcelo Zuffo. “A Poli tem no DNA o relacionamento com a sociedade, nasceu com essa missão. No século passado, a escola participou de tudo o que existiu em termos de evolução: as duas guerras, o desenvolvimento dos anos 50 e outros. Agora, a Poli está mostrando a sua competência em dar soluções em curtos espaços de tempo. O respirador, do Projeto Inspire, é um exemplo. É um grande feito. Isso aconteceu porque, na Poli, existem grupos de pesquisa bem estruturados que souberam atuar”, considerou o reitor. Nove prédios A Poli ocupa nove prédios na Cidade Universitária, em São Paulo, num total de 141.500 metros quadrados de área construída. Ali trabalham ou estudam 425 professores, 397 funcionários, 5.057 alunos de graduação e 1.549 alunos de pós-graduação (mais 1.149 Especiais). A Escola está organizada em 15 departamentos, responsáveis pelas atividades de ensino, de pesquisa e de extensão de serviços à comunidade. Na graduação, são oferecidos 17 cursos, agrupados em quatro grandes áreas da engenharia: Civil, Elétrica, Mecânica e Química. Desses cursos, 15 são semestrais e dois – Engenharia de Computação e Engenharia Química – têm características que os diferenciam dos demais: eles são organizados em períodos quadrimestrais e realizados em cooperação com empresas. Na pós-graduação, a Poli oferece dez cursos de mestrado, nove de doutorado e um de mestrado profissionalizante. De 1970 a 2006 foram outorgados cerca de 7.000 títulos, entre mestrado e doutorado, o que coloca a Escola como um dos maiores centros de pós-graduação do país e o maior na área de Engenharia. A Poli também se destaca na realização de pesquisas científicas e tecnológicas, com as quais contribui para o progresso social e econômico do País e para a modernização, competitividade e qualidade dos produtos e processos das empresas.