11/09/2020 às 18h44min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h24min

Prefeitura testa ocupação de vias para restaurantes; “Boulevard Aspicuelta”, na Vila Madalena, pode ser o próximo

Em agosto, a Prefeitura de São Paulo iniciou um teste de ocupação de espaço público por bares e restaurantes na região da República. Na ocasião, foi informado que a alternativa, caso fosse aprovada, poderia ser estudada para outras regiões da cidade. Isto pode acontecer em breve na região de Pinheiros, com o “Boulevard Aspicuelta”, que deve sair do papel, para a realidade nos finais de semana.   Projeto-piloto A Prefeitura de São Paulo, em parceria com empresários da região da Praça da República, na região central da capital, implantou um projeto-piloto para que bares e restaurantes desse local possam utilizar os espaços públicos para o atendimento de seus clientes. O objetivo da proposta é fomentar as medidas de distanciamento social e criar alternativas para geração de renda a esses estabelecimentos e prevê que 100% dos investimentos sejam feitos pela iniciativa privada.   Restaurante responsável As mesas deverão comportar, no máximo, quatro pessoas. Identificadas com o nome do restaurante responsável, também deverão estar distantes de forma segura umas das outras (3m lado a lado e 1,80m na diagonal) e respeitar a largura mínima de 1,20 m de faixa livre para circulação de pedestres. É proibido o atendimento de pessoas que estejam em pé nos locais.   Boulevard Aspicuelta Empresários da rua Aspicuelta, na Vila Madalena, querem transformar a via em um Boulevard aos fins de semana. A intenção seria fechar a rua para veículos das 16h dos sábados às 22h de domingo. A Prefeitura afirma que “a respeito do Boulevard, a Subprefeitura Pinheiros esclarece que não há nada concreto em relação ao assunto”. A necessidade de distanciamento social e a vontade de empresários de colocar mesas nas ruas ao ar livre é uma oportunidade pelo momento que a cidade está passando.   Avanço da cidade para nova fase O projeto é resultado de uma série de estudos do município, tendo em vista o avanço da cidade para as últimas fases do “Plano São Paulo”, do Governo do Estado, e a assinatura dos protocolos necessários para a retomada do atendimento presencial total ao público, por bares e restaurantes. Trata-se de uma tentativa de contornar, de forma segura e organizada, a limitação de público imposta pela quarentena a esses estabelecimentos, como o atendimento aos clientes durante seis horas e com 40% da capacidade.   Distanciamento social O distanciamento social será estimulado com a inserção de elementos físicos e sinalização no piso, que demarcarão o espaçamento entre as mesas, a distância para faixa de circulação das pessoas e a extensão temporária das calçadas, com ou sem plataformas. Nesse sentido, os parklets, espaços públicos de convivência situados em local antes destinado ao estacionamento de veículos e em esquinas, poderão ser utilizados para o atendimento. Todo um protocolo sanitário também deverá ser seguido. Bares e restaurantes deverão disponibilizar álcool em gel e/ou lavatórios aos clientes, além de promover, de forma constante, a limpeza e a manutenção do local.   Exemplos no mundo O projeto-piloto do município tem como referência a ocupação de espaços externos promovida por outras capitais do mundo, como Paris, e integra uma série de estudos realizados já há algum tempo pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (SMDU) e São Paulo Urbanismo – alinhados com as secretarias municipais da Saúde, Subprefeituras, Mobilidade e Transportes e Pessoa com Deficiência – sobre alternativas de flexibilização temporária do uso do espaço público, com regras diferenciadas para calçadas, uso de vagas de estacionamento, ruas compartilhadas e até mesmo o fechamento total de vias. A ideia é que, com a validação das medidas e consolidação do projeto-piloto, a Prefeitura estenda a iniciativa, pactuada com empresários locais, para outras regiões da cidade. Entretanto, o projeto ainda está em fase de testes e não há informações sobre a expansão no momento.


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