28/08/2020 às 14h51min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h25min

Obras lerdas ou falta de competência da Emurb na Operação Urbana Faria Lima, que tem mais de R$ 2 bilhões intocáveis?

De acordo com o Regimento Interno do Grupo de Gestão das Operações Urbanas, cabe aos seus membros definir e implementar o Programa de Investimentos e seus recursos. Ao longo dos anos, a Operação Urbana Consorciada Faria Lima já captou cerca de R$ 3 bilhões. Atualmente, possui pouco mais de R$ 2 bi em caixa, de acordo com a Prefeitura, mas a população reclama que as obras de melhoria são lerdas demais e com grande burocracia. Apesar desse montante em caixa, o que se vê é muito pouco, principalmente na região de Pinheiros e Santo Amaro, que são verdadeiros canteiros de obras de construtoras com prédios residenciais a todo vapor. E a estrutura para estes novos milhares de moradores? Onde estão os novos viadutos prometidos? Novas passarelas? Plantio de milhares de árvores, que perdemos todos os anos? Adequação e melhorias na fluência do péssimo trânsito das avenidas Faria Lima, Rebouças, Brasil e Eusébio Matoso? Aumento nas linhas de metrô e monotrilho?   Emurb está paralisada? De acordo com a Prefeitura, o Grupo de Gestão da Operação Urbana Faria Lima foi estabelecido pela Lei nº 13.769/2004, em seu artigo 17. O texto informa que o Grupo deve ser coordenado pela Empresa Municipal de Urbanização - Emurb, contando com a participação de órgãos municipais, de entidades representativas da sociedade civil organizada, visando a definição e implementação do Programa de Intervenções da Operação Urbana, bem como a definição de aplicação dos seus recursos. Muita organização e poucas melhorais para a comunidade afetada pelo crescimento regional.   Falta de competência? Coordenado pela São Paulo Urbanismo, o Grupo de Gestão da Operação Urbana Faria Lima é composto por representantes da Sociedade Civil e do poder público. Não há previsão de remuneração aos representantes indicados. Será que a Emurb não acompanha o crescimento da capital e não agiliza o trabalho do “Grupo de Gestão”? Comunidade pergunta: há competência neste grupo ou é só política?   Muita burocracia e pouco trabalho e divulgação A lei ainda aponta como deve ser a distribuição dos membros. O Grupo, além da Emurb, deve contar com um representante de cada uma das entidades da sociedade civil a seguir descritas: Movimento Defenda São Paulo, IAB (Instituto de Arquitetos do Brasil), IE (Instituto de Engenharia), APEOP, SECOVI, OAB, FAU/USP, União de Movimentos de Moradia, e Associação de Moradores de Favelas (das favelas envolvidas nesta Operação Urbana). A estes são somados um representante de cada um dos órgãos públicos municipais a serem designados pela(o) prefeita(o), num total de nove representantes. Muitos nomes, muitas entidades, sem uma finalidade maior de agilizar e acompanhar o crescimento da cidade.   Obras atuais Atualmente, estão em execução diversas intervenções, entre elas, a reconversão do Largo da Batata e entorno na fase 3, construção do Conjunto Habitacional Coliseu, Ciclovias e Melhoramento Urbanístico da Avenida Santo Amaro e projeto da Passarela Bernardo Goldfarb. Até o momento, a Prefeitura executou obras nos túneis Max Feffer e Jornalista Fernando Vieira de Mello, Interligação do prolongamento da av. Faria Lima com a ligação Funchal - Haroldo Veloso, reconversão do Largo da Batata - Fase 1 e Fase 2, Boulevard JK (projetos e obras de melhorias do viário), Conjunto Habitacional Real Parque, ciclovias na Faria Lima e ações em Transporte Coletivo.


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