11/06/2020 às 19h03min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h28min

Comércio e saúde: os cuidados agora são com a vida de todos

A reabertura das áreas de serviço da economia não significa que os riscos de contágio da Covid-19 tenham diminuído. Com números de contaminados e óbitos crescentes, é preciso estabelecer cuidados para que o comércio retomado não tenha um retrocesso e volte a fechar por tempo indeterminado. Economista da Associação Comercial de São Paulo e superintendente da ACSP – Sudoeste apontam o fortalecimento do comércio local como caminho. A população servirá de fiscal para todos os protocolos de saúde, pois o poder público não tem condições nem competência. Para evitar deslocamentos e maior contato público, o comércio local deve ganhar força na retomada da economia. De acordo com economista da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Marcel Solimeo, “a ideia, agora, com a abertura, é que se estimule as pessoas a comprar no próprio bairro, para que não haja grandes deslocamentos”. Deste modo, é preciso que haja uma estrutura de atendimento e seguir os protocolos estabelecidos e acordados entre governo e entidades de setor. A Associação Comercial enviou os protocolos à Prefeitura no primeiro minuto da segunda-feira, “quando aberto o recebimento dos protocolos”, lembra Ricardo Granja, Diretor-superintendente da Distrital Sudoeste/Butantã da ACSP. Porém, é necessário “fazer com que haja disciplina por parte do comerciante e dos clientes no quesito de responsabilidade de saúde (máscaras, higiene, respeito ao distanciamento das outras pessoas  etc. )”, ressalta. As orientações para reabertura ditam normas para distanciamento social, higiene e sanitização de ambientes. Além disso, lista orientação aos clientes e colaboradores, solicitando compromisso e colaboração de todos. O documento também estabelece horários alternativos de funcionamento e incentiva a criação de sistemas de agendamento para atendimento. Para cada setor, exige protocolo de fiscalização e monitoramento. E solicita esquema de apoio para colaboradores que não tenham quem cuide de seus dependentes incapazes no período em que estiverem fechadas as creches, escolas e abrigos. “Acho que todo mundo já conhece as regras básicas da abertura: necessidade de álcool em gel, máscaras para os funcionários, questão de distância entre os clientes e produtos de higiene disponíveis para os consumidores. Eu acho que isto tudo já está mais ou menos conhecido, então, é estar preparado já com essas regras”, comenta Solimeo. Regras para reabertura O comércio pode abrir as portas entre 11h e 15h. A ideia é não sobrecarregar o sistema de transporte. “A principal regra é o horário de funcionamento”, disse o prefeito, sempre lembrando os compromissos do setor para que a cidade continue avançando e não retroceda nos índices de contaminação da população pelo novo coronavírus. Para promover uma retomada da atividade econômica na cidade bem sucedida, a Prefeitura está realizando uma parceria com os setores produtivos privados para que as empresas voltem a funcionar no tempo certo e de maneira segura. As entidades deverão orientar e acompanhar os estabelecimentos que integram o seu setor econômico para garantir o cumprimento do protocolo. Elas também vão apoiar a administração municipal na supervisão e fiscalização das empresas, a chamada autotutela. Leia as entrevistas completas e exclusivas da Gazeta de Pinheiros – Grupo 1 de Jornais com Ricardo Granja e Marcel Solimeo: Gazeta de Pinheiros - Qual a posição da ACSP em relação ao Plano São Paulo de reabertura do comércio? Marcel Solimeo – Achamos que vários pontos precisam ser revistos, mas a posição que a gente vai adotar agora é: vamos começar. O importante é a abertura que está acontecendo e depois ir fazendo os ajustes que sejam necessários. GP - Quais ações a ACSP está programando para tentar facilitar a reabertura do comércio? Marcel Solimeo – A Associação já fez uma cartilha para orientar o comércio, adquiriu máscaras, face shields, para distribuir para os associados e vai manter, nas suas Distritais, pessoas capazes de dar as orientações necessárias. Ricardo Granja - No cumprimento do protocolo, distribuição de cartilhas de procedimento e distribuição de máscaras.   GP - Como os comerciantes se prepararam? Marcel Solimeo - Acho que todo mundo já conhece as regras básicas da abertura. Eu acho que isto tudo já está mais ou menos conhecido. Então, é estar preparado abrindo com essas regras. Ricardo Granja - Com certeza, a retomada virá. Preservar o emprego será essencial para o equilíbrio que se espera. GP - Quais as recomendações para atrair o público consumidor e, ao mesmo tempo, ter os cuidados necessários contra a proliferação da Covid-19? Marcel Solimeo - O comércio que tem cadastro de clientes já está mandando as suas ofertas de abertura. Quem não tem, vai precisar dar um jeito de ir divulgando, pelo menos no bairro. Porque a ideia, agora, com a abertura, é que se estimule as pessoas a comprar no próprio bairro, para que não haja grandes deslocamentos. Ricardo Granja - Nossa cartilha é muito completa é de fácil entendimento. GP - A ACSP vai auxiliar os associados na execução dos protocolos? Marcel Solimeo - Nós estamos auxiliando com a cartilha, com as máscaras, com tudo. Ricardo Granja – Auxiliaremos no que for possível.  


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