04/06/2020 às 21h04min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h32min

Prefeitura inverte responsabilidade e atrasa abertura do comércio

Após passar panorama, o Governo Estadual autorizou prefeitos a liberarem a reabertura do comércio de acordo com o zoneamento estabelecido. A capital se encontra na zona Laranja, o que permite reabertura segura e gradual de estabelecimentos comerciais dos setores de imobiliárias, concessionárias, escritórios, comércio e shoppings centers. O prefeito Bruno Covas endureceu as negociações e afirmou que os setores só poderão abrir após a assinatura de protocolos sanitários. A ACSP (Associação Comercial de São Paulo) julga negativa a atitude de Covas, que está fazendo uma inversão de responsabilidades, provocando atraso no retorno de abertura do setor. ACSP ajuda a acelerar a abertura com responsabilidade A maior entidade representativa do setor de comércio é a Associação Comercial de São Paulo. A ACSP protocolou junto à PMSP, às 0h01 de 01/06, "Medidas para Reabertura do Comércio". O acesso a este material é público e está na página: acsp.com.br. Quem tiver interesse pode consultar Orientações de adequação e diretrizes para reabertura do comércio, podendo fazer download do material, e/ou preencher um formulário para retirada do material físico nas Distritais que terão 1.000 exemplares para cada das 15 Distritais a serem distribuídos gratuitamente. Porém, é necessário o preenchimento pelo interessado, levando o formulário às Distritais para retirada da cartilha. A Gazeta de Pinheiros – Grupo 1 de Jornais conversou com o diretor-superintendente da Distrital Pinheiros, Roberto Frias, para entender melhor o tema. Gazeta de Pinheiros - Como acelerar a reabertura do comércio de forma segura? Roberto Frias – Infelizmente estamos na mão da gestão municipal que nos coloca obstáculos de forma que nós devemos apresentar os protocolos e eles analisarem se são seguros, ou seja, uma inversão de posição que atrasará o retorno da abertura dos estabelecimentos. GP - Qual a posição da ACSP em relação ao Plano São Paulo para a reabertura do comércio? RF – Acatar as decisões do poder público e apoiar. GP -  Quais ações a ACSP está programando para tentar facilitar a reabertura do comércio? RF – Nosso presidente Alfredo Cotait tem se posicionado de maneira a sensibilizar o poder público para que atentem a perda de empregos e fechamento definitivo de empresas. GP - Como os comerciantes podem ir se preparando? RF – No momento o poder público jogou em nossas mãos a elaboração de protocolos para que eles julguem se é seguro ou não, ou seja, inversão de responsabilidade e atraso no retorno do setor. GP - Quais as recomendações para atrair o público consumidor e, ao mesmo tempo, ter os cuidados necessários contra a proliferação da Covid-19? RF – A ACSP, ao longo da quarentena imposta pelos nossos governantes, vem orientando seus associados, de forma a diminuir seus prejuízos. GP - A ACSP vai auxiliar os associados na execução dos protocolos para reabertura? RF – Sim, já temos diversas matérias e estudos neste sentido, porém como avaliado anteriormente, a inversão de responsabilidade deverá atrasar o retorno do setor.       Documentação Desde segunda-feira (1º), o Executivo Municipal está recebendo a documentação de cada setor. Os protocolos envolvem temas como a questão do distanciamento, higiene, a orientação necessária para os clientes, horários alternativos de funcionamento, possibilidade de agendamento, além de questões de fiscalização e autotutela que as associações vão fazer sobre os seus associados. Leitores se manifestam “Prezados, acho que restringir abertura de lojas a 4 horas não é saudável. Entendo que num período de 8 horas é possível distribuir melhor o atendimento e até mesmo a circulação” – L.O. “O decreto editado nesta última sexta-feira impõe inclusive testes de Covid-19 às expensas da empresa para poderem reabrir.” L.S. Vigilância Sanitária Apenas entidades setoriais serão responsáveis pelo envio dos protocolos à Prefeitura de São Paulo. Até terça-feira (2), 50 associações já haviam apresentado suas propostas de reabertura. Destas, 22 poderão ser analisadas agora por se enquadrarem na fase laranja (fase 2) estabelecida pelo governo do Estado e onde está a capital atualmente. Outras 28 propostas ainda não poderão ser analisadas, por pertencerem a enquadramentos em fases futuras. Decreto publicado afirma que o atendimento ao público em todos os estabelecimentos de atividades consideradas não essenciais continua vedado na cidade de São Paulo até o próximo dia 15 de junho. Plano Estadual O Plano São Paulo determina, a partir das avaliações do Centro de Contingência, a classificação de cada região em um total de cinco fases: vermelha, laranja, amarela, verde e azul. Em cada nível há flexibilização controlada e escalonada de diferentes setores econômicos. O decreto também especifica regras sanitárias para estabelecimentos comerciais em cada uma das fases. Fase vermelha: ficam liberadas apenas as atividades consideradas essenciais; Fase laranja: shoppings centers (com proibição de abertura das praças de alimentação), comércio de rua e serviços em geral podem funcionar com capacidade limitada a 20%, horário reduzido para quatro horas seguidas e adoção dos protocolos padrão e setoriais específicos; Fase amarela: shoppings centers e serviços em geral podem funcionar com capacidade limitada a 40%. Adiciona-se à lista salões e barbearias, além de bares e restaurantes que estarão liberados apenas para atendimento ao ar livre; Fase verde: fica liberado o funcionamento de todos os estabelecimentos comerciais e de serviços e ficam proibidos eventos que gerem aglomeração; Fase azul: retomada da economia dentro do chamado "novo normal".


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