28/05/2020 às 19h47min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h32min

Comércio depende de Covas para reabrir a partir da semana que vem

A cidade de São Paulo se encontra na ‘zona laranja’ de cuidados com a Covid-19. Desse modo, poderá ter o comércio reaberto gradativamente a partir da semana que vem, a depender da assinatura de Bruno Covas, que na segunda-feira (1º), irá conversar com os setores da economia. Mas tudo leva a crer que o prefeito vai endurecer, “para não colocar a população em risco”. Logo após, medidas sanitárias e protocolos de atendimento poderão ser estabelecidos. Só depois deste ciclo, haverá uma avaliação real para a abertura. Entidades do setor já protestam e querem que o projeto estadual contemple a capital de maneira homogênea. Agora fica a palavra do Governo contra a da Prefeitura. Quem vai decidir?   Cinco fases Em entrevista coletiva, o governador João Doria anunciou os critérios para reabertura do comércio, e ao que parece não vai ser a linha de Covas para a capital, que pretende mais tempo para decidir. São cinco fases: vermelha, laranja, amarela, verde e azul. A ‘faixa vermelha’ representa restrições totais. A cidade de São Paulo se encontra na ‘faixa laranja’, onde as medidas de abertura de algumas atividades serão a partir de junho.   Restrições A etapa prevê retomada com restrições a comércio de rua, shoppings, escritórios, concessionárias e atividades imobiliárias. Os demais serviços não essenciais continuam fechados. Nenhuma das 17 regiões está na ‘zona azul’, que prevê a liberação de todas as atividades econômicas, segundo protocolos sanitários definidos no Plano São Paulo.   ‘Fase amarela’ com mais reaberturas Caso o quadro melhore, na ‘fase amarela’, haverá reabertura total de serviços imobiliários, escritórios e concessionárias segundo protocolos sanitários. Comércio de rua, shoppings e salões de beleza, além de bares, restaurantes e similares poderão funcionar com restrições de horário e fluxo de clientes.   ‘Fase verde’ com menor restrição As regiões que chegarem à ‘fase verde’ poderão atenuar as restrições ao funcionamento de todos os setores da ‘fase amarela’. Academias de ginástica e centros de prática esportiva também voltarão a receber frequentadores, desde que respeitados limites de redução de atendimento e as regras sanitárias definidas para o setor.   Espaços públicos fechados Em todos os 645 municípios, a indústria e a construção civil seguem funcionando normalmente. A interdição total de espaços públicos, teatros, cinemas e eventos que geram aglomerações  – festas, shows, campeonatos etc. – permanece por tempo indeterminado. A retomada de aulas presenciais no setor de educação e o retorno da capacidade total das frotas de transportes seguem sem previsão.   Critérios As cinco fases do programa vão do nível máximo de restrição de atividades não essenciais (vermelho) a etapas identificadas como controle (laranja), flexibilização (amarelo), abertura parcial (verde) e normal controlado (azul). O objetivo da classificação é assegurar atendimento de saúde à população e garantir que a disseminação do coronavírus ocorra em níveis seguros para modular as ações de isolamento.   17 regiões A escala será aplicada a 17 regiões distintas do território paulista, de acordo com a abrangência dos DRSs (Departamentos Regionais de Saúde), que são subordinados à Secretaria de Estado da Saúde. São os DRSs que determinam a capacidade de atendimento, transferências de pacientes e remanejamento de vagas de enfermaria e UTIs nos municípios. As fases são determinadas pelo acompanhamento semanal da média da taxa de ocupação de leitos de UTI exclusivos para pacientes contaminados pelo coronavírus e o número de novas internações no mesmo período. Uma região só poderá passar a uma reclassificação de etapa – com restrição menor ou maior – após 14 dias do estabelecimento da fase inicial, mantendo os indicadores de saúde estáveis.   Salvar 65 mil vidas "Até o dia 31 de maio, a quarentena em São Paulo vai salvar 65 mil vidas. Abrimos sete Hospitais de Campanha, aumentamos em 60% o número de leitos em hospitais públicos, já temos 600 novos respiradores em operação", afirmou o governador. "A fase denominada Retomada Consciente seguirá a orientação da ciência, com dados técnicos para permitir a gradual e segura retomada", acrescentou Doria. Agora fica a dúvida, pois quem decide na capital deveria ser Bruno Covas (ou o governador Doria vai intervir?), já que vem sendo pressionado pela Associação Comercial e entidades do setor, para a reabertura gradual e respeitando todas as normas da saúde pública impostas pela pandemia.


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