A pandemia tem afetado a vida de todos. Porém, há pessoas em piores circunstâncias. Ações têm sido feitas para minimizar os problemas desta população. Centros de Acolhida Emergencial (CAE) e Abrigos emergenciais são exemplos de estruturas montadas no tempo de crise. A Prefeitura, por meio das secretarias municipais de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) e Pessoa com Deficiência (SMPED), em 3 de abril criou mais um Centro de Acolhida Emergencial (CAE), agora destinado às pessoas com deficiência e idosos em situação de rua, àqueles que estão em extrema vulnerabilidade. O equipamento instalado no Centro Esportivo Municipal do Tietê foi adaptado e preparado para funcionar 24 horas por dia e oferece 200 vagas, sendo 132 para idosos e 68 para pessoas com deficiência. O acolhido recebe kits de higiene, banheiros e refeições, além de orientações de prevenção e higienização. Ainda para as pessoas com deficiência, a SMPED vai oferecer os serviços da Paraoficina Móvel, uma van customizada com equipamentos, máquinas, ferramentas, peças de reposição e material para fazer reparos em cadeiras de rodas e meios auxiliares de locomoção como muletas, bengalas e andadores. As pessoas são encaminhadas pra lá pela equipe da SMADS que faz um primeiro atendimento nos CRAS e CREAS para depois levá-los ao CAE. Há outros Centros localizados nas regiões da Sé, Santo Amaro, Santana, Mooca e Lapa. Entre os novos equipamentos, há também o Centro de Acolhida Especial (CAE) para pessoas em situação de rua reservado aos diagnosticados de Covid-19, localizado na Vila Clementino, região sul da capital. Juntos, os sete centros emergenciais somam 594 vagas. Para ampliar a rede de acolhimento para pessoas em situação de rua, abrigos emergenciais exclusivos para pessoas com a suspeita de infecção pelo novo coronavírus foram criados. Um dos espaços, na Vila Mariana, será utilizado por pessoas já diagnosticadas com corona e que necessitam de isolamento domiciliar. Outros dois centros de acolhida emergenciais para a população em situação de rua começarão a funcionar para poder esvaziar um pouco os centros já existentes, viabilizando um espaçamento maior entre os beliches. Durante a semana, ainda serão abertos mais dois centros emergenciais, chegando a cinco novos centros emergenciais, com 400 vagas. Outra medida será a instalação de pias na região central da cidade, onde se concentram o maior número de pessoas em situação rua, para que eles possam fazer a higienização como forma de prevenção. A ação é coordenada pela Secretaria Municipal das Subprefeituras. Por meio da Secretaria Municipal de Saúde, a Prefeitura intensificou as abordagens às pessoas em situação de rua por meio das equipes do Consultório na Rua e Redenção na Rua, que realizam o primeiro atendimento. Profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBS) também foram capacitados para esse tipo de atendimento. Na identificação de caso suspeito é realizada uma pesquisa de onde a pessoa em situação de rua dorme e circula, para identificar contatos e possíveis novos suspeitos. A pessoa deverá ser encaminhada à unidade de saúde para atendimento e diagnóstico e, em caso de maior gravidade, o Samu será acionado. A Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) dispõe de 134 serviços específicos para população em situação de rua. Destes, 89 são voltados ao acolhimento com 17,2 mil vagas. A SMADS oferece 10 Núcleos de Convivência para pessoas em situação de rua na cidade, com 3.172 vagas. Os Núcleos têm como objetivo contribuir com a reinserção social da população em situação de rua e funcionam durante o dia, servindo refeições, oficinas e atividades que visam a construção de vínculos interpessoais, familiares e comunitários. Dentro dos Núcleos, os conviventes têm acesso a banheiros e kits de higiene, onde podem tomar banho e receber as orientações. A equipe do Serviço Especializado de Abordagem Social (Seas), composta por 600 orientadores, também intensificou as orientações nos cuidados de contágio do vírus. A equipe realiza busca 24 horas por dia para identificar pessoas ou famílias em situação de rua e oferecer acolhimento na rede socioassistencial. A atuação é por meio de escuta qualificada, visando à aproximação, construção e fortalecimento de vínculos, atendimentos sociais, orientações e encaminhamentos. Das 22h às 8h, a abordagem é realizada pela Coordenadoria de Pronto Atendimento Social (CPAS). As pessoas não são obrigadas a aceitar os serviços oferecidos. Os encaminhamentos podem ser feitos por meio do Centro Referência de Assistência Social (Cras), Centro de Referência Especializada em Assistência Social (Creas), por meio de abordagens realizadas por pelo Serviço Especializado de Abordagem Social (Seas) e por procura espontânea.