O sono é um estado fisiológico essencial ao ser vivo. Tão essencial que um determinado estudo em ratos mostrou como a supressão do sono altera o comportamento dos indivíduos, levando até a morte. Mais do que descanso, o sono nos proporciona qualidade de vida quando estamos em vigília (acordados). Hoje já se sabe que o sono é dividido em estágio e que cada um é responsável por algumas funções. As proporções de cada estágio do sono durante uma noite típica, sem fenômenos anormais e com duração compatível com as necessidades do indivíduo são: 5 a 10% de estágio I, 50 a 60% de estágio II, 20 a 25% de estágios III e IV, em conjunto, e 20 a 25% de estágio REM. Em cada fase do sono temos funções importantíssimas que não devem ser negligenciadas. Uma das funções de extrema importância é o estabelecimento do equilíbrio dos hormônios e neurotransmissores que ocorre através de ciclos complexos. Da mesma forma, temos o reestabelecimento do nosso sistema imune, enquanto dormimos. Sono e estresse Importante: o ciclo sono-vigília ser devidamente completado para que haja secreção de alguns hormônios e remissão de outros como por exemplo o cortisol. Conhecido como hormônio do estresse, durante o período de sono, o cortisol deve ser reduzido. Estudos comprovam que a sua presença, durante o sono, faz com que o indivíduo tenha reduzida à metade a sua produção de anticorpos. Esse fato torna-se muito importante dada a época em que estamos vivendo. Assim sendo, devemos alertar as pessoas que, quando dormimos menos de 7 horas por noite ou quando temos a noite entrecortada por despertares, passamos a ter a arquitetura do sono alterada o que significa dizer que as porcentagens citadas acima não são respeitadas o que tem, por consequência, algumas disfunções. No momento, a disfunção que merece nosso olhar é a diminuição do funcionamento do sistema imune levando o indivíduo a se tornar mais suscetível a doenças infecciosas e menos apto a se recuperar caso adoeça. Dicas para um sono melhor Siga horários regulares para dormir e acordar (mantenha a rotina); Faça atividades físicas até 3h antes de ir para a cama (para evitar adrenalina a noite, que pode dar insônia); Evite as telas (computador, TV e celular) antes de ir para a cama (para que haja produção de melatonina adequada para adormecer); Evite refeições pesadas 2h antes de ir dormir (desconforto abdominal pode causar dificuldade para adormecer); Evite bebidas estimulantes (café, alguns chás, chocolate) 3h antes de ir para a cama. Fonte: Dra. Hellen Quintela (redes sociais: @drahellenquintela)