09/04/2020 às 22h04min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h33min

Zona oeste continua sendo a mais afetada pelo coronavírus

A pandemia que assombra essa época chegou ao Brasil há cerca de um mês, com seus primeiros casos noticiados na zona oeste de São Paulo. Passado esse primeiro mês, levantamento da Secretaria de Saúde do município aponta que a região continua sendo a mais afetada pela doença. Uma das razões apontadas é o fato da população local ter melhor poder aquisitivo e ter trazido a doença do exterior.

A análise da distribuição regional, por Unidade de Vigilância em Saúde (Uvis), dos casos confirmados de Covid-19 em residentes no MSP mostra que a Uvis Lapa/Pinheiros apresentou o maior número de casos, 284, seguida da Uvis Vila Mariana/Jabaquara com 90. Por estar localizada em regiões com elevado padrão socioeconômico esta incidência de casos poderia estar relacionada aos casos importados e seus comunicantes.

Março: 8274 casos

Considerando os residentes do município de São Paulo, até o dia 31 de março, foram notificados 8.274 casos suspeitos de Covid-19, sendo 1.438 confirmados, 1.936 descartados e 4.641 que seguem em investigação. Até o final de março, 8.274 casos suspeitos notificados de Covid-19. Merece destacar que, no entanto, foram coletados 11.443 exames de SWAB-PCR-RT e encaminhados ao instituto Adolfo Lutz IAL. Até 30/03/2020 o IAL realizou 1.916 exames priorizando os pacientes internados e graves hospitalizados, além de profissionais da saúde.

 Subnotificação

A diferença entre os casos suspeitos notificados e o número de exames aguardando resultado pode ser atribuída à subnotificação. Dentre os fatores, destacam-se a inoperância provisória do sistema de registro do Ministério da Saúde (REDCap), o que reduziu a possibilidade de notificação apenas de casos de hospitalização no sistema SIVEP-Gripe, bem como a própria mudança nos protocolos de registro e notificação dos casos, provando a impossibilidade de registro de casos leves. Além disso, dado esse quadro de alinhamento entre os entes federados, reconhece-se a existência de casos ainda sem registro em sistemas de informação devido à lacuna de atualização e notificação por parte de hospitais privados.

Covid, Influenza e outros

Do total de 5.213 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) apresenta a seguinte distribuição: 745 (14%) Covid-19; 92 Influenza; 82 outros vírus, 661 casos de SRAG não especificada e 3.633 (70%) em investigação, o que deverá alterar a frequência dos casos. Considerada a situação atual (indisponibilidade de resultados de testes já realizados), destaca-se a importância da aquisição e disponibilização de teste de PCR-RT (pelos entes federados para o município) para promover uma avaliação mais precisa, uma vez que, no momento, não é possível inferir se o quadro clínico do cortejo sintomatológico de Covid-19 é fator preditivo positivo.

 

Orientação e diretrizes

O processo de notificação se iniciou em 26/02 a partir de um caso suspeito, que retornara da Itália, com inicio dos primeiros sintomas em 23/02. Naquele momento a definição de caso suspeito seguiu critérios conforme orientação e diretrizes da OMS, MS E SES. A partir desse caso ocorrido no município de São Paulo, o Brasil entra na fase de transmissão local. Neste contexto todos os contatos dos casos suspeitos ou confirmados foram monitorados pela Divisão Regional de Vigilância em Saúde (Druvis) e Unidade de Vigilância em Saúde (Uvis), diariamente por telefone.

 Estado: mais de 380 mortes

O Estado de São Paulo registrava até dia 8 mais de 380 mortes pelo novo coronavírus. Com mais de 5 mil casos, a doença chega a todas as regiões administrativas do Estado. 107 municípios têm pelo menos um caso confirmado da doença. Os óbitos continuam se concentrando em pessoas com idade a partir de 60 anos, atingindo mais homens do que mulheres.


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