Na divisa de São Paulo com Taboão da Serra, a Prefeitura da capital construiu o famigerado “Elefante Branco”, Piscinão da Francisco Morato, que pouco altera ou resolve os problemas das enchentes entre os dois municípios. Questionada sobre o tema, a Prefeitura de São Paulo, por meio da Subprefeitura Butantã, informa ao Jornal do Butantã – Grupo 1 de Jornais que realiza diariamente limpeza manual no piscinão. Recebendo água, ou melhor, esgoto puro, dos poluídos córregos Poá e Pirajuçara, está localizado em local nobre na entrada de Taboão, provocando um odor insuportável e sujeira e lixo por todos os seus cantos. Como não tem manutenção regular, o aspecto de abandono é visível a todos que trafegam próximos ao local, como pedestres e veículos, provocando reclamações de todos os lados. O ideal seria a cobertura com concreto, a exemplo da frente do Pacaembu, para minimizar os problemas e oferecer à população uma área verde e de trânsito livre, para todos que se dirigem ao Campo Limpo, Taboão da Serra e Br-116. Ainda mais não estão provados que, em chuvas torrenciais, os piscinões conseguem abreviar as inundações, apenas retardam os problemas advindos de grandes volumes de água, que vêm dos córregos de esgotos ao ar livre. As prefeituras da capital e de Taboão, bem como as subprefeituras de Butantã e Campo Limpo, em parceria com o Governo do Estado, precisam encontram soluções para este problema, que aflige milhares de pessoas e hoje é um foco para transmissão de doenças, como a dengue e outras que prejudicam a comunidade. Não basta a epidemia do coronavírus que estamos passando, uma situação inédita para toda a população. Precisamos dar um basta nestas obras caríssimas e fantasiosas que só atrapalham e enfeiam as nossas cidades. Edital No dia 29 de fevereiro, a Prefeitura publicou, no Diário Oficial do Município, o edital da Parceria Público-Privada (PPP) de piscinões (ou reservatórios de águas pluviais) da capital. A licitação está prevista para dia 1º de abril. Porém, o da Francisco Morato não consta no edital. Os quatro reservatórios já existentes são: Anhanguera, Guaraú, Sharp e Rincão. Os cinco novos são: na zona oeste, os Córrego Verde II, Córrego Tiburtino e Córrego Água Preta; na zona leste, Córrego Jacu; e, Córrego Moinho Velho (Zona Sudeste). Juntas, as cinco microbacias representam cerca de 59 km² de área. Os cinco novos apresentados vão ampliar a capacidade de reservação da cidade: aumentando em mais 454 mil m³, alcançando 6.680 mil m³, representando 7% de aumento em relação à capacidade atual. O objetivo da PPP é a requalificação, operação, manutenção e conservação de quatro piscinões já existentes, com ampliação de sua capacidade, bem como a construção, operação, manutenção e conservação de mais cinco novos piscinões, planejados pela PMSP para reduzir a mancha inundável da cidade. A PPP, na modalidade de concessão administrativa, será por 33 anos. A expectativa da Administração é que a construção de novos reservatórios e a requalificação dos existentes – o que inclui o desassoreamento e ampliação da sua capacidade de armazenamento – também signifique um aumento da eficiência do serviço, com a modernização dos equipamentos elétricos, eletromecânicos e dos sistemas de tecnologia da informação, que viabilizam a operação da drenagem e manejo das águas pluviais. A PPP dos Piscinões está no Programa de Metas da Prefeitura, no Objetivo Estratégico 32 - Implantar projetos de desestatização.