13/03/2020 às 15h51min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h34min

Março Amarelo: atividades físicas podem ajudar na prevenção e tratamento da endometriose

O mês de março é marcado pela cor amarela, que visa a conscientização da população mundial sobre a endometriose. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, esse problema afeta 176 milhões de mulheres no mundo. No Brasil, são cerca de 7 milhões de pessoas, ou seja, em torno de 15% da população feminina do país.   Um dos principais sintomas da endometriose são as dores localizadas na região pélvica e, por ser uma doença crônica, o principal objetivo do tratamento é a diminuição das dores da paciente, melhorando assim sua qualidade de vida, e é nessa hora que a atividade física pode ser usada como aliada.   Segundo um estudo publicado no Journal of Physical Therapy Science, um programa de oito semanas de exercícios foi extremamente eficiente na redução da dor e na melhora de anormalidades posturais relacionadas às dores pélvicas. “A prática regular de atividades físicas ajuda o organismo na produção de neurotransmissores como a serotonina, que regula as vias sensoriais ligadas à dor e, portanto, pode contribuir no controle da doença, e a dopamina que traz ao individuo sensação de prazer e bem-estar”, afirma o educador físico Lucas Cardoso, especialista em Lesões e Doenças Musculoesqueléticas.   Entretanto, é necessário ressaltar que os exercícios físicos são um complemento ao tratamento medicamentoso ou cirúrgico. Inclusive, os medicamentos usados no combate à endometriose podem conter hormônios, levando a paciente à retenção de líquidos e aumento do peso e a prática de alguma atividade pode ser uma aliada no controle de peso também.   Segundo Lucas Cardoso, é de extrema importância manter a regularidade dos exercícios, e que a atividade escolhida esteja alinhada ao perfil da paciente. “O ideal é que se pratique algo pelo menos de 3 a 4 vezes por semana, por um período de tempo de 40 a 60 minutos. Logo, escolher uma atividade que goste é fundamental. Porém, para quem sofre com a doença, inserir no cronograma exercícios que ajudam a fortalecer a musculatura do assoalho pélvico é indispensável’, declara Cardoso.   Para as mulheres que não sofrem com a doença, a atividade física tem efeito preventivo. “No geral, as atividades aeróbicas são as mais indicadas em questões relacionadas à dor, pois auxiliam na produção de substâncias analgésicas e ajudam a reduzir os níveis de estrogênio, hormônio que serve de combustível para o endométrio se desenvolver. Caminhada, bicicleta, natação, pilates, treinos funcionais, são alguns exemplos de práticas que ajudam as mulheres. No entanto, é primordial consultar um profissional devidamente credenciado antes de começar a fazer qualquer exercício, pois a prática de atividades de maneira incorreta pode piorar a situação do individuo”, explica o especialista.   Fonte: Lucas Serralheiro Cardoso – Licenciatura e Bacharelado em Educação Física (CREF 147600G/SP)  


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