O Carnaval de Rua tem se mostrado uma questão polêmica na cidade. Com apoiadores e detratores, a cidade vê sua rotina mudar pela celebração. Bairros como Pinheiros e Vila Madalena são redutos garantidos de folia. No sábado (1º), a Prefeitura de São Paulo recebeu representantes dos blocos de Carnaval. Outras reuniões serão marcadas para ouvir a população. O 1° Seminário Caminhos do Carnaval de Rua 2019 reuniu blocos da cidade para planejar e debater questões como: trajeto, guia de regras, edital e questões relevantes para os quase 500 blocos da cidade. Os representantes do carnaval de rua foram informados sobre a infraestrutura que terão disponíveis. A Secretaria Municipal de Subprefeituras irá fornecer apoio para os blocos de rua de São Paulo disponibilizando ambulância e carro de som para cerca de 150 blocos com até 4 mil foliões e que tenha até três anos de história. A Administração municipal informou que irá retirar os palcos. “Estamos trabalhando para apoiar o carnaval de rua e valorizar os blocos da cidade. Planejar para que todos possam curtir o Carnaval “, afirma Alexandre Modonezi secretário adjunto da SMSUB, responsável pelo Comitê de organização do Carnaval. Também estiveram presentes Marcos Penido, secretário e Radyr Papini, chefe de gabinete. Questionada sobre outros temas e sobre o cronograma de reuniões a Prefeitura se manifestou em nota dizendo que “outras reuniões serão marcadas, que contemplarão outros temas relacionados”. No momento, as informações disponíveis sobre o assunto são apenas essa. Carnaval A Rua dos Pinheiros nos últimos anos se consolidou como um dos principais redutos do Carnaval da região. No entanto, com o desfile de blocos durante todo o feriado e nos finais de semana anteriores e posteriores às datas oficias da festa popular, o comércio local afirma ter sido prejudicado em virtude dos seis dias em que a via permaneceu interditada. Somente no Pré-Carnaval (dias 3 e 4 de fevereiro), Carnaval (de 10 a 13) e no Pós-Carnaval (17 e 18) deste ano, algumas ruas ficaram no total oito dias sem abrir as portas ou com prejuízos em virtude da baixa demanda de clientes. Porém, o sucesso de público também demonstra que a população busca a festa. O Carnaval de Rua 2018 de São Paulo reuniu 12.35 milhões de pessoas nos 459 desfiles que aconteceram por diversas regiões da capital entre o dia 3 e 18 de fevereiro. Estrutura Durante toda a festa, os fiscais das Prefeituras Regionais, com o apoio da Guarda Civil Metropolitana (GCM), emitiram 648 notificações de multa com base no Decreto 57.983, que visa conscientizar a população a não urinar nas ruas e vias da capital. Equipes de saúde realizaram 389 atendimentos no Sambódromo, sendo 273 pelo serviço contratado e 116 pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Já no Carnaval de Rua, a empresa contratada realizou 2.857 atendimentos. O Samu atendeu 92 pessoas. Após os desfiles dos blocos e das escolas de samba, as equipes de limpeza urbana recolheram 1.697 toneladas de lixo. A AMLURB também intensificou as ações de limpeza nas áreas dos blocos de rua com a instalação de novas lixeiras e contêineres para a coleta de detritos. No período entre 9 e 18 de fevereiro 3.528 Guardas Civis Municipais (GCMs) estiveram presentes nas regiões onde aconteceram os principais desfiles de carnaval. A função dos guardas é o de apoiar os agentes da prefeitura durante as fiscalizações, em especial o combate ao comércio irregular. A GCM ainda auxiliou os fiscais da prefeitura na missão de coibir a prática de urinar em locais públicos e na aplicação de notificações de multa para os infratores pegos em flagrante urinando na rua. A corporação contou também com o auxilio de drones na coleta de informações gerais e no monitoramento. A festa em São Paulo também contou com operações especiais da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Os agentes atuaram em todas as regiões envolvidas na folia, garantindo a desobstrução das vias, a segurança dos pedestres e a fluência dos veículos de resgate.
