18/10/2019 às 14h23min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h44min

Butantã já conta com 18 córregos despoluídos

Contribuindo para uma das metas do atual governo estadual, que desafia prazos e pretende até 2020 limpar e despoluir o Rio Pinheiros, a Sabesp, em conjunto com a Subprefeitura do Butantã, iniciou a despoluição dos córregos da região do Butantã. Até o presente momento são mais de 18 córregos despoluídos, com previsão de mais dois até o final do ano. Os córregos despoluídos contam com um índice médio de 17 Dbo (demanda bioquímica de oxigênio), quando este indicador encontra-se abaixo de 30 é possível à presença de vida animal nas águas do córrego. O Governador João Doria e o presidente da Sabesp, Benedito Braga, apresentaram um pacote de obras de R$ 1,5 bilhão com o objetivo de devolver o Rio Pinheiros limpo para a população até 2022. O projeto Novo Rio Pinheiros, que é uma das prioridades do Governo do Estado de São Paulo, prevê intervenções nas áreas de todas as sub-bacias dos grandes afluentes do Pinheiros, onde vivem cerca de 3,3 milhões de pessoas, incluindo ainda ações socioambientais para engajar a população na recuperação dos cursos d’água da região. A principal novidade do Novo Rio Pinheiros é a adoção de inovações tecnológicas em áreas de habitações irregulares, onde o esgoto acaba lançado nos córregos porque a ocupação não deixou espaço para a instalação de coletores. Nesses locais, a Sabesp estuda, entre outras possibilidades, construir estações especiais que vão tratar a vazão de esgoto do próprio curso-d’água. Butantã A região do Butantã sempre teve uma ligação histórica com o meio ambiente, a presenças de árvores, animais silvestres e córregos faz parte das características do nosso bairro. Devido ao avanço de indústrias nos anos 50 e com a vinda de uma grande leva de novos moradores o Butantã sofreu com os impactos da modernização, fato inerente às transformações de nossa sociedade contemporânea. O processo de despoluição de um córrego exige o cumprimento de diversas etapas para garantir a excelência no trabalho realizado. A fim de facilitar a compreensão deste processo, entenda como funcionou a despoluição do Córrego Corveta/Camacuã, localizado na região do Morumbi e da Vila Sônia. Primeiramente, foi realizada uma visita técnica de campo, em conjunto com os órgãos responsáveis e os representantes de diversos setores da Prefeitura de São Paulo (Áreas de Riscos, Subprefeitura e Assistência Social), para identificação das intervenções necessárias. Em seguida foi feito o levantamento de plantas e o cadastro técnico das redes coletoras de esgoto existentes na região, a qualidade da água também passou a ser monitorada. Concluídos os trabalhos de diagnóstico da situação das redes, pode-se iniciar a etapa de desobstrução e limpeza. A Sabesp retira todo o esgoto clandestino previamente descartado nas redes coletoras. A Subprefeitura do Butantã garante a continuidade do projeto realizando a manutenção e limpeza constante do local. A participação da Subprefeitura também é essencial no que se refere à contenção das margens e regularização dos imóveis no entorno do córrego. No caso do Córrego Corveta/Camacuã, cerca de 8700 pessoas foram beneficiadas pelo serviço prestado. Já o Córrego Filomena Blois Rizzo, um dos primeiros do Butantã a ser despoluído, voltou a ser habitado por animais como patos, carpas e outras espécies de peixes. Assim, a vida retorna gradativamente às águas da região. A despoluição dos córregos da região do Butantã deve avançar através do programa de despoluição do Rio Pinheiros. A poluição gerada no Pinheiros muitas vezes começa em ligações clandestinas de esgoto, que despejam material nos córregos afluentes do Rio Pinheiros, por isso a despoluição do rio depende da despoluição dos córregos. Com o avanço do projeto de despoluição do Rio Pinheiros a recuperação de diversos córregos do Butantã deve ser acelerada, com esses dois programas de governo quem ganha é o meio ambiente do Butantã, que a cada dia tem de volta a grandeza de sua fauna e flora.


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