27/09/2019 às 10h48min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h45min

Insegurança continua no Butantã e Morumbi. PM tem várias ações na região

Uma onda de insegurança tem atingido os moradores da região oeste e sudoeste. Um abaixo-assinado está sendo divulgado na web solicitando maior atenção das autoridades sobre o tema. O coronel Álvaro Batista Camilo, que foi vereador da capital e deputado estadual, hoje é o secretário-executivo da Polícia Militar e assessor do secretário de Segurança, o general João Camilo Pires de Campos, comenta sobre o grande número de ações na área. Moradores do Butantã, Morumbi, Campo Limpo e Santo Amaro se mobilizam para cobrar segurança pública diante do aumento de delitos nos bairros. Apenas nos seis primeiros meses deste ano, na região oeste e sudoeste, já foram registrados mais de cinco mil boletins de ocorrência só de roubos. Segundo eles, “em apenas 15 dias aconteceram vários assaltos com tentativa de sequestro à mães do colégio Pentágono e outras instituições de ensino”. A partir disso, foi criado um documento online “para pedir maior policiamento na região e também segurança dos colégios”. “Faço parte da ‘Vizinhança Solidária do Bairro’ e estamos buscando um bairro melhor e mais seguro para todos nós”, comentam moradores. Neste ano, vários ‘arrastõe’ já foram feitos por assaltantes na rua Pio XII. Os meliantes caminham livremente, segundo moradores, de carro em carro, aproveitando o trânsito intenso e parado na área, e de armas em punho quebram janelas e levam bolsas, carteiras e celulares dos motoristas. Geralmente são menores de idade, com a supervisão dos verdadeiros assaltantes, que ficam na cobertura. ‘Vizinhança Solidária’ É cada vez mais comum moradores se organizarem em grupos de whatsapp para passar informações. O programa ‘Vizinhança Solidária’ (PVS) da Polícia Militar do Estado de São Paulo tem se tornado cada vez mais comum, e de acordo com a instituição, se “sagrado como uma das mais eficientes ferramentas de Polícia Comunitária, voltada para a mobilização social em prol do fortalecimento da Cultura de Paz”. ‘Operação Morumbi Mais Seguro’ A Coordenadoria Operacional da Polícia Militar do Estado de São Paulo fez, no início do ano, a ‘Operação Morumbi Mais Seguro’. Foram divulgadas algumas operações, a última registrada no site do Governo do Estado no dia 31 de maio. As ações tiveram objetivo de continuar com a redução dos indicadores criminais, como os casos de roubos em geral e furtos de veículos, que caíram 10,16% e 26,19%, respectivamente, nos primeiros dois meses deste ano frente a 2018, nas áreas do 34º e 89º DPs. Coronel Camilo explica O Grupo 1 de Jornais conversou com o Coronel Camilo sobre o tema. Em uma entrevista exclusiva, ele afirmou que “nos primeiros sete meses do ano, a detenção de 647 criminosos, a redução de 9,5% nas ocorrências de roubo, 30,7% dos roubos de veículos, 15,6% dos furtos de veículos, além da apreensão de armas e drogas na região”. Grupo 1 - Qual é o posicionamento em relação à onda de assaltos/furtos ocorridos na região? Coronel Camilo - A Secretaria da Segurança Públicas e as polícias Civil e Militar trabalham diuturnamente para combater a criminalidade e reduzir a violência em todo o Estado. Especificamente na região do Morumbi/Butantã, o policiamento foi recentemente reorientado pelo 16º BPM/M, ampliando as ações de patrulhamento preventivo e ostensivo. Paralelamente, são deflagradas na região as operações ‘Morumbi Mais Seguro’, que, além do policiamento regular, reúnem unidades do policiamento de Choque, Canil, Comando de Aviação, da Polícia Civil, Guarda Civil Metropolitana, entre outros, para reforçar o policiamento local. Trata-se de um trabalho integrado entre as polícias paulistas quer permitiu, nos primeiros sete meses do ano, a detenção de 647 criminosos, a redução de 9,5% nas ocorrências de roubo, 30,7% dos roubos de veículos, 15,6% dos furtos de veículos, além da apreensão de armas e drogas na região. Essas operações são perenes e, sempre que necessárias, são desencadeadas a fim de combater a criminalidade e reduzir a violência. Grupo 1 - Quais são as possibilidades de ações para que haja uma redução a curto prazo desses números? Coronel Camilo - A manutenção da redução dos indicadores criminais no Estado e consequentemente na região do Morumbi se dará pelo aprimoramento constante das ações de policiamento. Para isso, a atual gestão investe na contratação de novos profissionais – o governo já autorizou a contratação de 20 mil policiais entre civis, militares e técnico científicos, a aquisição de 1.736 novas viaturas para a PM, 40 mil pistolas semiautomáticas, 1.300 fuzis calibres 7.62 e 5.56, metralhadoras, armas de incapacitação neuromuscular, coletes e escudos balísticos, novos computadores e demais equipamentos voltados à inteligência policial, entre eles 105 drones que podem ser utilizados de diferentes forma no combate ao crime de maneira geral. Grupo 1 - Como as forças públicas podem se unir com a população para achar essas soluções? Coronel Camilo - A participação da sociedade é fundamental na prevenção e no combate ao crime. No Estado de São Paulo, a participação popular é regulamentada pele Decreto Estadual 23.455, que cria os Conselhos Comunitários de Segurança (CONSEGS). Tratam-se de grupos de pessoas de um mesmo bairro ou município que se reúnem junto com as forças de segurança estaduais para analisar, discutir e planejar soluções para os problemas de segurança locais. Eles realizam reuniões periódicas que contam com a participação de membros das polícias e da Secretaria da Segurança Pública. Atualmente, estão instalados em mais de 500 municípios do Estado. Outro programa para aproximar a polícia da sociedade é o ‘Vizinhança Solidária’ da PM. Focada na prevenção primária, a ação visa a melhorar a segurança pública local, incentivando a vizinhança a adotar medidas capazes de prevenir delitos e colaborar com o policiamento. É um programa voluntário que pode ser implantado em ruas de um determinado bairro ou região, ou com identificação de um estabelecimento comercial que tenha obtido o ‘Certificado de Análise de Risco de Vulnerabilidade’. Para receber os benefícios do programa, o cidadão deve procurar a Companhia de Polícia Militar mais próxima ou o Conselho Comunitário de Segurança da localidade a fim de preencher o requerimento de análise de vulnerabilidade.


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