Um atraso no envio de doses da vacina antirrábica pelo Ministério da Saúde fez a Prefeitura de São Paulo suspender a campanha deste ano e não haverá postos móveis para vacinação gratuita. O tutor deverá levar o animal a um dos locais permanentes na Divisão de Vigilância de Zoonoses ou a uma clínica particular. “Deixar de vacinar não é uma opção considerável”, alerta o veterinário e fundador da rede Animal Place, Jorge Morais. “A doença é incurável, de fácil transmissão e costuma levar o animal a óbito em poucos dias, além de colocar em risco a vida das pessoas, já que também pode ser transmitida aos humanos”, salienta. A principal forma de contaminação é através do contato com a saliva de animais infectados, que geralmente ocorre por mordidas. “A doença se manifesta em duas fases: a furiosa e a paralítica. Na primeira, o pet apresenta excitação, agressividade e medo. Na paralítica, os sintomas neurológicos ficam mais evidentes, com a dificuldade em engolir, salivação excessiva e falta de equilíbrio do pet e a perda completa dos movimentos até que a evolução do quadro o leva a óbito”, descreve Morais. Em humanos, a raiva é igualmente fatal e entre os sintomas é possível destacar: cefaleia, tonturas, falta de coordenação motora, demência, vômitos, febre e até convulsões. “A pessoa que foi mordida por qualquer cão ou gato não vacinado deve lavar bem o ferimento com água e sabão e procurar imediatamente a unidade de saúde mais próxima. O pet deve ficar em observação por 10 dias e, se por acaso ele sumir ou morrer, a pessoa deve ser vacinada contra a raiva”, finaliza. Fonte: Jorge Morais, veterinário e fundador da rede Animal Place (www.animalplace.com.br)