12/10/2023 às 00h37min - Atualizada em 12/10/2023 às 00h37min

​Pernilongos voltam a atacar toda a região

Um dos grandes problemas do calor paulistano é o aumento do número de pernilongos. Moradores das proximidades do Rio Pinheiros afirmam que o problema persiste. Não há antídoto certo que combata os mosquitos. A sua presença é minimizada por repelente, pastilhas de tomada, espiral, raquete elétrica e outros subterfúgios. Porém, a questão piora em períodos de calor e chuva. A falta de cuidados do poder público, que não tem realizado o conhecido "fumacê" nas margens dos rios e córregos, também potencializa os problemas da região.

Córregos contaminados
O problema tem persistido nas proximidades do Rio Pinheiros. Fossas negras e sépticas, calhas entupidas, galerias de água pluvial entupidas, rios e córregos contaminados com esgoto, piscinões, calçadas quebradas que permitem o acúmulo de água sob o revestimento e recipientes e resíduos sólidos de plástico, pequenos e grandes, acumulam água, podendo representar excelentes ambientes para a proliferação do pernilongo.

Resistência dos mosquitos
Os mosquitos podem apresentar resistência aos inseticidas usados no controle. Além desse problema, há o fato de que nem sempre é possível utilizar o fumacê, pois as condições climáticas podem não ser as adequadas. As partículas do inseticida têm de permanecer suspensas no ar por certo período para que matem os mosquitos.  A aplicação de inseticidas pode ser feita durante o dia nas margens de rios e córregos poluídos, pois visa eliminar os pernilongos que estão em repouso na vegetação. O controle seria mais efetivo com a aplicação de produtos larvicidas.
Paulo Roberto Urbinatti, do Departamento de Epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública da USP, explica que os pernilongos ou mosquitos como são conhecidos, se proliferam mais no verão, devido às altas temperaturas e por ser um período chuvoso. Devido às mudanças climáticas, provocadas pelas ações antrópicas.  Atualmente as estações primavera, verão outono e inverno estão sofrendo alterações, por exemplo, em pleno inverno observamos dias mais quentes e com chuva. Essas mudanças são favoráveis para aumentar a densidade (quantidade) de mosquitos. Lembrando que os mosquitos tem uma fase aquática (ovo, larva e pupa) e outra fase terrestre ou aérea, que são os alados (machos e fêmeas). As espécies de mosquitos bem adaptadas às áreas urbanas são conhecidas como: Aedes Aegypti e Culex Quinquefasciatus.

Ações de prevenção
A Secretaria Municipal das Subprefeituras (SMSUB) informa que realiza o corte de grama no canteiro da Marginal Pinheiros, conforme as condições climáticas. A Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), diz realizar a coleta de larvas e mosquitos adultos nos 69 pontos de monitoramento diário do rio Pinheiros. A Divisão de Vigilância de Zoonoses (DVZ)  também que ações de controle do mosquito culex (pernilongo) têm sido realizadas diariamente. Em junho, julho e setembro deste ano foi realizado o controle de pernilongos adultos nos distritos administrativos de Alto de Pinheiros, Itaim Bibi e Pinheiros, como também o tratamento larvário em bueiros da mesma região. Esse controle não é contínuo, mas o monitoramento acontece diariamente.
O munícipe que identificar um local com infestação de mosquitos e pernilongos poderá solicitar vistoria pelo Portal de Atendimento SP156 https://sp156.prefeitura.sp.gov.br/portal/servicos/informacao?servico=812 ou de maneira presencial em uma das praças de atendimento das subprefeituras. Durante a vistoria são fornecidas orientações preventivas e, caso seja necessário, outras medidas serão tomadas para controle de ­infestações.

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