30/08/2023 às 10h40min - Atualizada em 31/08/2023 às 00h00min

Fundação ECO+ lança guia sobre Valor Compartilhado para empresas desenvolverem projetos de impacto socioambiental

Material orienta negócios com caminhos para transição da prática de Responsabilidade Social Corporativa para Valor Compartilhado

Larissa Batalha
Divulgação: Fundação ECO+
O bem-estar das pessoas e a manutenção do meio ambiente saudável se tornaram premissas para empresas que pretendem tornar seus negócios duradouros. Seja nos municípios aos arredores de uma fábrica, seja ao longo da cadeia de valor, os desafios ambientais e sociais com os quais uma organização se depara podem ser caminhos para inovação e para a construção de uma agenda de sustentabilidade propositiva.

Para conciliar uma agenda de negócios com oportunidades socioambientais, os projetos relacionados ao ESG precisam evoluir, e deixar de ser um custo ou filantropia para se tornarem fonte de oportunidade e vantagem competitiva diante do mercado. É neste ponto que o conceito de Valor Compartilhado ganha importante relevância para o futuro dos negócios.

“Ele traz uma perspectiva de negócio não apenas como resposta às pressões externas de consumidores ou acionistas, mas de forma estratégica e fundamental para a produtividade e crescimento perenes das organizações”, explica Tiago Egydio, gerente da Fundação ECO+.

Pensando nisso, a Fundação ECO+, consultoria e centro de excelência de sustentabilidade instituída e mantida pela BASF desde 2005, desenvolveu e acaba de lançar o guia “Valor Compartilhado para Negócios Corporativos”, para apoiar organizações na construção de práticas que promovam condições econômicas e sociais, ao mesmo tempo, em que aumentam sua competitividade no mercado. 

Tiago conta que o ambiente de negócios atual estabelece que a competitividade de uma empresa e a saúde das comunidades em seu entorno estão intimamente interligadas. “Uma empresa precisa estar em uma comunidade que tenha condições para gerar demanda para seus produtos e, por sua vez, a comunidade espera que as empresas tenham a capacidade de gerar empregos e oportunidades de riqueza para seus cidadãos”, diz.

O material apresenta os impactos positivos em uma mudança de prática que sai da Responsabilidade Social Corporativa (RSC) em direção ao Valor Compartilhado. “Quando comparamos essas práticas, entendemos que o ponto-chave é sair de uma lógica de gestão de riscos externos, filantropia ou pura reputação corporativa, em direção à busca por novas vantagens competitivas e soluções sustentáveis para problemas sociais reais”, explica.

De forma resumida, o guia se divide em seis capítulos que explicam o processo de desenvolvimento de um projeto de Valor Compartilhado por meio de um passo a passo teórico, exemplos práticos do mercado e ferramentas também já existentes, como os “Social Bonds” – emissão de títulos financeiros com objetivo de financiar projetos de impacto socioambiental -, por exemplo.

Mensuração e impacto na ponta da cadeia
Um dos desafios quando se trata de projetos em Valor Compartilhado é mensurar seu real impacto em comunidades relacionadas diretamente à empresa ou a um determinado problema social identificado que pode afetar o negócio.

Tiago pondera que uma pergunta muito importante que precisa ser considerada pelas empresas ao se desenhar um programa de mensuração de impacto social é “O que teria acontecido com os indivíduos ou comunidades-alvo, caso eles não tivessem sido beneficiados com o projeto?”. Para isso, é necessário analisar o grupo que passou pela transformação causada pelo projeto e um segundo grupo, com características similares ao primeiro, mas que não sofreram os impactos do projeto.

Para uma empresa, o ponto de partida para criar essa nova dinâmica é identificar todas as necessidades, benefícios e danos sociais que estão ou podem estar incorporados aos seus produtos. Este é um trabalho dinâmico e contínuo, que exige atualizações sobre a visão de mercado, tecnologias, prioridades sociais que mudam constantemente. Esta exploração e ajuste de rota levará à descoberta de novos negócios, de novas estruturas de cadeia de valor e reposicionamento em mercados tradicionais.

Serviço: O guia pode ser encontrado gratuitamente no site da Fundação ECO+

Este conteúdo foi distribuído pela plataforma SALA DA NOTÍCIA e elaborado/criado pelo Assessor(a):
U | U
U


Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Comentar

*Ao utilizar o sistema de comentários você está de acordo com a POLÍTICA DE PRIVACIDADE do site https://gazetadepinheiros.com.br/.