05/07/2019 às 14h00min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h48min

Prefeitura afirma ter melhorado o Tapa-Buracos, mas a realidade é outra: péssimo material e serviços mal executados

A quantidade de veículos transitando nas vias de São Paulo faz com que a camada asfáltica passe por testes diários. Mesmo em áreas residenciais, buracos nas vias aparecem com certa constância. A qualidade do material que compõe a malha rodoviária influencia na resolução do problema. Pesquisas feitas pela USP, sempre demonstraram que a qualidade do asfalto é péssima e somado à serviços mal executados provocam a realização do tapa-buraco constante. De 7 de abril, data de início do Mutirão dos Bairros, até o último dia 30 de junho, foram tapados 54.125 buracos em toda a capital paulista. Na Subprefeitura Butantã foram 2.884; na Lapa, 3.080; na Pinheiros, 978; e na Santo Amaro, 1.873. No mesmo período, foram recebidas 34.376 solicitações para o serviço em toda a cidade. Já nas subprefeituras citadas, a quantidade de pedidos da população foi de 1.237 para a administração regional do Butantã; 1.359 para a Lapa; 1.358 para Pinheiros; e 1.767 para Santo Amaro. Qualidade ruim Apontamentos foram feitos sobre a qualidade do asfalto. Um apontamento prévio do TCM investiga uma possível má execução dos serviços do programa Asfalto Novo na Capital. Contratos assinados durante a gestão de João Doria teriam sido executados de forma insuficiente. A Prefeitura de São Paulo informa que as três usinas em funcionamento atualmente são Usicity, Jofege e Versátil. Segundo ela os serviços de tapa-buraco foram aprimorados com equipamentos mais modernos, como o caminhão térmico capaz de manter a temperatura adequada da massa asfáltica, o que permite uma melhor qualidade do serviço. Exemplo disso é a execução do requadramento do buraco, que corrige não apenas a erosão, mas também toda a parte comprometida do asfalto, o que garante também maior durabilidade do serviço. Mas a realidade é outra. Ruas do Butantã, nos bairros do Jardim Colombo, Vila Suzana, Portal do Morumbi e Vila Sônia, tiveram estes serviços feitos recentemente e já apresentam problemas com crateras no mesmo lugar. Asfalto ruim e serviço mal feito, segundo moradores que transitam diariamente por esses bairros. Comunidade contesta A Prefeitura informa que o padrão da massa asfáltica produzida atende às normas técnicas que dizem respeito à qualidade e durabilidade do material. Uma dessas empresas, inclusive, é a mesma que produz o asfalto do Aeroporto de Guarulhos. O asfalto utilizado para serviços de tapa-buraco das grandes vias é o mesmo aplicado em ruas menores. A comunidade contesta esta afirmação, pois se a qualidade é melhor, porque as ruas “menores” estão novamente tomadas por buracos, e veja que ficamos mais de 20 dias sem nenhuma chuva. A Prefeitura ainda informa que o rolo compactador vibratório é utilizado a fim de nivelar a via e deixar o trabalho completo e sem danos, a fim de dar o grau de compactação necessário conforme cláusulas contratuais. Os serviços são aprovados e considerados finalizados, somente após os engenheiros das subprefeituras encerrarem a fiscalização. Mas a realidade é outra, pois como é norma do executivo, a fiscalização é falha e não apura com rigor os contratos realizados, surgindo então os problemas recorrentes do abandono da zeladoria nas avenidas e ruas dos bairros da zona oeste Paralelepípedos Moradores de Pinheiros já defenderam a presença de paralelepípedos no quadrilátero formados pelos famosos Predinhos da Hípica. Os blocos de pedra estão presentes em quase todo o perímetro formado pela Avenida Pedroso de Moraes e pelas ruas Mourato Coelho, Artur de Azevedo e Teodoro Sampaio, onde estão situados os “Predinhos da Hípica”, conjunto de antigos edifícios de até três andares que há mais de uma década está com o tombamento sob a análise do Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental). Hoje, placas de metal estão colocadas sobre buracos nas vias da região. A Subprefeitura Pinheiros informa que as placas foram colocadas pela concessionária Comgás a fim de evitar acidentes. A empresa realiza obras de expansão da rede, que tem previsão de durar quatro meses, quando a empresa deverá recompor os paralelepípedos.   O tombamento do quadrilátero contempla somente as edificações e não as vias. Entretanto, em atendimento à solicitação dos moradores do entorno, a Prefeitura vai manter o tipo de pavimento. Os prédios foram construídos nos anos 50 pelo imigrante libanês Raduan Dabus, que comprou a área da antiga Hípica Paulista. Para os atuais moradores, os paralelepípedos são parte integrante do conjunto arquitetônico, por consequência, preservam um pouco da história do bairro. Com o objetivo de manter os paralelepípedos nas ruas, um abaixo-assinado foi promovido para que fossem incluídos no pedido de tombamento Em quase todas as ruas do quadrilátero são comuns os remendos de asfalto, resultado dos trabalhos das concessionárias dos serviços de água, esgoto e gás encanado.


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