19/06/2019 às 18h24min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h48min

Mercado de Pinheiros tem cada vez mais atrativos à população

É crescente o número de frequentadores do Mercado de Pinheiros. Iniciativas como a abertura de restaurantes, cafés e a qualificação do deck têm atraído cada vez mais pessoas para o local. Além disso, permissionários oferecem uma grande quantidade de produtos. Nesta semana, uma Base Móvel começou a atuar no Mercado Municipal. O monitoramento é diurno e noturno com quatro integrantes, sendo um classe distinta e mais três classes especiais. Eles fazem o policiamento ostensivo com paradas temporárias com períodos de permanência em diversos locais, como Hospital de Clínicas, Largo da Batata, Praça Victor Civita, Beco do Batman, Parque do Povo e Praça Pôr-do-Sol. O principal objetivo é evitar ocorrências de crimes de oportunidade, dentre eles, roubos, furtos e crimes contra a pessoa. “Eles atuam nas ruas e locais onde a polícia tem o conhecimento através de ferramentas tecnológicas, que mostram o ‘mapa de calor’ – zonas de maior incidência de crimes de oportunidades. Esta ferramenta foi implementada pelo Secretário José Roberto. “Hoje não se faz segurança pública com uma única instituição. A palavra-chave é a ‘integração’ das forças policiais, municipais, estaduais e  federais”, afirmou. No que diz respeito ao barulho de frequentadores de bares de Vila Madalena, o subprefeito João Grande tem trabalhado forte nesta integração. “Não se trabalha mais sozinho. A PM, a CET e a Prefeitura estão se unindo para minimizar este problema”, explica. Melhorias Em 2015, foi anunciado uma parceria da Secretaria Municipal do Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo (SDTE) com o Instituto ATÁ. Na ocasião, a secretaria afirmou que “o acordo de cooperação com o Instituto garantirá que os biomas brasileiros Amazônia, Mata Atlântica, Pantanal, Cerrado e Pampas sejam destaques nas atividades desenvolvidas pelo Instituto”. Na ocasião, o chef Alex Atala, do Instituto, afirmou que “o ATÁ se propõe a ser um curador cultural. Não vamos vender somente alimentos, mas também as culturas locais, porque queremos aproximar o saber do comer, o comer do cozinhar, o cozinhar do produzir e o produzir da natureza”, ao destacar a valorização dos ingredientes brasileiros. Segundo o chef, houve um crescimento de 45% na visitação do Mercado. Na época, a Gazeta de Pinheiros – Grupo 1 de Jornais conversou com o chef Alex Atala para entender um pouco melhor essa nova fase do espaço. “Chegamos no Mercado de Pinheiros para somar esforços com os demais permissionários já existentes e fazer do local uma referência de mercado focado em ingredientes brasileiros. O Mercado da Cantareira, conhecido como Mercadão, é um exemplo de referência para se encontrar produtos vindos de vários locais do mundo. Queremos que isso aconteça com o Mercado de Pinheiros, que ele seja uma referência de produtos brasileiros oriundos de pequenos produtores das regiões contempladas”, afirmou. No mercado, há cinco bancas que representam os biomas brasileiros: Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga e Pampas. “Fundamentalmente trabalhamos com pequenos produtores e comunidades, valorizando o produto do campo à mesa. Nos boxes, temos à disposição dos frequentadores do Mercado ingredientes, produtos e artesanatos, todos com conexão com a comida”, explicou o chef. Além dos novos boxes, o Mercado foi beneficiado com instalação de banheiros e manutenção da rede hidráulica e elétrica. Outro destaque é um espaço destinado à realização de oficinas e palestras voltadas à gastronomia, já que muitos boxes já são ocupados por chefs de cozinha. Segundo a Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo, o local recebeu um investimento total de R$ 159,9 mil. A reforma do deck e do sistema hidráulico custou R$ 873,5 mil. Já a pintura e a nova rede elétrica ficaram em R$ 726,3 mil. História O Mercado Municipal Engenheiro João Pedro de Carvalho Neto, mais conhecido como Mercado Municipal de Pinheiros, foi inaugurado em 10 de agosto de 1910. Nesta época, o mercado funcionava onde hoje é a Avenida Brigadeiro Faria Lima, próximo ao Largo da Batata, e era conhecido como “Mercado dos Caipiras”, devido à sua utilização por comerciantes e produtores do interior de São Paulo. Muitas foram as mudanças no Mercado de Pinheiros. “O ideal seria a demolição das atuais instalações para se construir um novo Mercado, moderno, amplo e arejado”, lê-se em um texto da primeira edição da Gazeta de Pinheiros. Desde aquele tempo, a Gazeta já tratava a questão do Mercado de Pinheiros. Sempre com a preocupação nos principais interesses e assuntos relativos a Pinheiros, a Gazeta acompanhou as principais mudanças feitas no local desde a criação do jornal. Segundo a Secretaria Municipal do Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo (SDTE), “o Mercado de Pinheiros foi inaugurado em 1910, onde hoje é a Av. Faria Lima. O antigo prédio foi demolido para a construção da referida avenida. Em março de 1971 foi inaugurado o novo prédio”. Antes da demolição, era conhecido como “Mercado dos Caipiras”, devido à sua utilização por comerciantes e produtores do interior de São Paulo. Em entrevista à Gazeta de Pinheiros, o urbanista explica a importância do local para o bairro, que cresceu ao redor do comércio feito no Largo da Batata. “O Largo da Batata era historicamente um ponto de comércio, conhecido como Mercado Caipira. Dele, surgiu o Mercado de Pinheiros, que recebeu em 1968 um lindo projeto dos arquitetos Eurico Prado Lopes e Luiz Telles, os mesmos que depois fariam o projeto do Centro Cultural São Paulo. O mercado manteve a vocação do lugar, tornando-o um subcentro importante na cidade. Por isso, ele manteve sempre esse caráter popular. Nas redondezas do mercado, uma feira ao ar livre vendia de tudo um pouco”, relembra. O Mercado de Pinheiros, antes perdido em meio a paradas de ônibus, ambulantes e toda a sujeira do Largo da Batata, começou a se transformar em 2014, junto à melhora da região. Hoje, conta com empório de cervejas especiais, pizzaria napolitana e cevícheria. Tudo isso em meio a frutas e lojas. Atualmente, o mercado possui 39 boxes divididos em: empório (venda de cereais, grãos, condimentos e especiarias, enlatados em geral, etc.), mercearia, frios e laticínios, charutaria, quitanda (venda de frutas, verduras e legumes), açougue, lanchonete, peixaria, avícola, cereais e floricultura.


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