28/07/2023 às 00h01min - Atualizada em 28/07/2023 às 00h01min

​Cinco dicas para saber o que seu filho está acessando na internet

De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), 89% das crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos em todo o mundo já utilizaram a internet em algum momento da vida. A abrangência dos meios digitais na vida e no cotidiano contemporâneos é tema de discussão, desde a psicologia até a segurança pública, dos governos à sala de aula. E não é para menos, já que estudos têm demonstrado que há uma íntima relação entre o uso de plataformas digitais e o aumento do número de ataques em escolas, por exemplo.
Mas como exercer a parentalidade na era digital? Como controlar o conteúdo acessado pelas crianças e adolescentes sem comprometer o pacto de privacidade, que é tão importante para os seres humanos? Para Fernando Brafmann, consultor em Proteção e Segurança Escolar dos colégios do Grupo Positivo, trata-se de entender que o celular é uma porta de acesso a um mundo que não possui apenas conteúdos positivos. “Antes do uso massivo dos celulares, os pais queriam saber quem eram os amigos dos filhos, onde moravam, como eram as famílias deles. Na internet, o raciocínio deve ser o mesmo. É preciso saber o que as crianças estão vendo e como elas consomem esse conteúdo”, alerta.

O que é combinado não sai caro
Sempre que se fala em controle parental, o outro lado da moeda é a eventual perda de privacidade de quem está sendo monitorado. Isso se torna um problema, principalmente no caso dos adolescentes, que já estão em uma fase de desenvolvimento de personalidade que exige certo distanciamento dos pais e responsáveis.
Segundo a especialista em Psicologia Educacional e Educação Inclusiva dos colégios do Grupo Positivo, Michele Norberto, isso pode ser resolvido com regras bem delimitadas entre pais e filhos.

Conheça o mundo virtual em que os jovens circulam
Instagram, TikTok, Twitter. Os muitos nomes e as inúmeras funções de cada plataforma ou rede social muitas vezes escapam à compreensão dos pais. No entanto, conhecer cada uma delas é fundamental para a parentalidade digital. Por isso, é importante procurar compreender para que servem e como os jovens utilizam essas ferramentas.

Observe os sinais
Crianças e adolescentes dão sinais de que algo está errado. A presença dos pais e educadores, nesse sentido, é fundamental. Se a criança esconde o celular na presença dos pais, por exemplo, ou pausa o conteúdo que estava sendo visto, isso pode ser um sinal de que algo está errado. 

Configure o telefone de acordo com a idade
Os aparelhos de celular atuais permitem, nas próprias configurações, definir quais aplicativos podem ser instalados. Também é possível bloquear o uso após determinado tempo ou hora do dia. Essas funcionalidades são muito importantes para que os pais consigam monitorar melhor o que está acontecendo nas telas às quais seus filhos têm acesso. Isso deve ser feito de acordo com a idade da criança, diz Brafmann.

Ofereça ajuda
Sexting, ciberbullying, ameaças e outros problemas são parte do dia a dia das ferramentas digitais. E é preciso que os jovens compreendam que têm alguém com quem contar dentro de casa para lidar com esses problemas. “Quando os pais já têm um processo de parceria com os filhos, fica mais fácil estabelecer essa via de diálogo. É um processo de construção para que as crianças confiem nos pais para resolver eventuais problemas associados ao uso da internet”, ressalta Michele.
(https://www.youtube.com/@colegiopositivo).

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