O ano de 2019 marca o retorno de uma das lojas mais queridas de São Paulo. O Mappin está de volta, por enquanto na internet, oferecendo uma grande variedade de produtos, que continuará aumentando. Porém, pode se estabelecer nas proximidades de Pinheiros. De acordo com a coluna Painel S. A. da Folha de São Paulo, há planos para a abertura de uma loja física no ano de 2020. A notícia informa que um dos locais estudados para o projeto é nas margens da Marginal Pinheiros. Inaugurada em novembro de 1913 na cidade de São Paulo, a tradicional loja de departamentos Mappin foi trazida para o Brasil pelos irmãos Walter John Mappin e Herbert Joseph Mappin. Com sede inaugural na Rua Quinze de Novembro, o Mappin atendia a alta sociedade paulistana, mostrando vitrines de cristal na fachada, louças, porcelanas e objetos sofisticados para uma seleta clientela. O Mappin ganhou notoriedade rapidamente e, em 1919, mudou sua loja para a Praça do Patriarca. Nesse momento já contava com 34 departamentos e mais de 200 funcionários em sua estrutura. Com a crise de 1929, o Mappin se reinventou, já que seu público era o principal afetado. Foi então o precursor do crediário, oferecendo a vantagem de comprar a prazo. Na mesma época, a empresa inovou a forma de comunicar e colocou etiquetas com preços nos produtos de suas vitrines, atitude bastante inovadora para a época, em que não se encontravam vitrines com preços, só com produtos. Em 1939 o Mappin mudou para a Praça Ramos de Azevedo, que se tornaria uma das lojas mais conhecidas e amadas da capital paulista. Nas décadas de 40 e 50, se tornou um verdadeiro ponto de encontro para os membros da sociedade de São Paulo e antecipou o que viria a ser o conceito dos shoppings centers, colocando à disposição diversos tipos de produtos para seus clientes. No final da década de 1940, sob nova direção, a loja passou a comercializar produtos nacionais, como roupas, móveis e objetos de decoração, com muita diversidade de preços e de produtos. Começava aí a trajetória do Mappin como uma grande loja de departamentos ou magazine. As décadas de 50 e 60 foram marcadas pelo Salão do Chá do Mappin, um lugar que a elite da cidade frequentava diariamente. Já como um magazine, o Mappin também ganhou seu apelo mais atraente com a mídia e sua famosa “Liquidação Mappin”. O Mappin teve anos de glória nas décadas de 70 e 80, até o início de 90, usando suas campanhas memoráveis e atraindo multidões para as lojas. O encerramento das atividades se deu em 1999, sob comando da família Mansur.