No mês de fevereiro as escolas de todo o Brasil recebem novos e antigos alunos para o início de mais um ano letivo. Por isso, esse período do ano também é importante para que discutir a inclusão de crianças com necessidades especiais nas escolas. Você, que é mãe, sabe como conversar com seu filho sobre esse assunto? A inclusão nas escolas é lei e realidade no Brasil há alguns anos, mas muito mais do que apenas garantir uma vaga para que a criança possa estudar, a inclusão de verdade consiste em permitir que os portadores de necessidades especiais tenham as mesmas oportunidades que os demais e isso inclui brincar, interagir, ter amigos e participar de atividades. A integração com o grupo é fundamental é fundamental. Por isso, cabe aos pais e educadores um diálogo aberto com as crianças, para que elas saibam o que é ou não bacana fazer ao conhecer um novo coleguinha que não é "igual" a elas. "Muitas vezes os colegas de sala nem percebem que no grupo há um aluno especial. No máximo eles notam que algo naquela criança não é igual, mas é uma característica das crianças ignorar essas questões e tratar todos da mesma forma. É o excesso de zelo, tanto dos pais quanto dos próprios professores, que às vezes interfere nessa interação", comenta Lenice Micheletti, diretora do Colégio Notre Dame. No entanto, quando essa adaptação não acontece tão naturalmente e gera dúvidas, é hora de conversar com os pequenos e ensinar como eles podem agir para que a inclusão seja feita com sucesso. "Nesse momento, quando falarem sobre as diferenças, os pais devem incluir as deficiências na lista, pessoas que usam cadeira de rodas, pessoas que não usam... é essa naturalidade que vai ajudar a criança a entender que essa necessidade especial não é um problema e que ela pode conviver normalmente com aquele novo amigo", explica Lenice. É importante também, nesse momento, que se fale sobre as semelhanças, como por exemplo "aquela criança usa uma muleta, mas gosta das mesmas músicas e desenhos que você". As crianças conseguem perceber com facilidade que pessoas com deficiência são mais parecidas com elas do que diferentes. Fonte: Lenice Micheletti, diretora do Colégio Notre Dame (http://colegionotredame.com.br)