16/06/2023 às 00h29min - Atualizada em 16/06/2023 às 00h29min

Saúde Pública continua com protestos de todos sem consultas, exames ou cirurgias

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) entra na luta por melhorias na saúde, e tenta organizar um encontro entre os Executivos Municipal e Estadual, com intuito de unificar registros de filas no sistema público e dar mais celeridade a cirurgias e exames. A tentativa do MP ocorre desde a administração anterior. É possível que o encontro ocorra no dia 21 de junho. Enquanto isto, moradores continuam reclamando do atendimento nas UBS da região.

População reclama da demora 
“Chegamos antes das 7h da manhã para retirar uma senha de consulta na UBS Vila Sônia. Ficamos até as 10h esperando, quando nos foi informado que ‘não havia mais senhas’ e como só havia duas médicas atendendo, tivemos que nos retirar, sem atendimento. ”M.L.

“Falam que estão investindo na saúde, mas é pura mentira. Coitados dos idosos, deficientes e grávidas, que para ter acesso a uma consulta médica, tem que chegar às 6h30 e conseguir pegar uma das 50 senhas que são distribuídas. Se tiver a sorte de ganhar uma senha, depois tem que esperar mais umas 3 a 4 horas para ser atendido pela sua ‘Excelência’, a Médica. Para trocar uma receita você tem que passar por tudo isso. Uma burocracia desgastante, sem o menor sentido. Total desrespeito pelo enfermo. A saúde está um caos”. M.L.F.

Fila por cirurgias
De acordo com dados obtidos pela TV Globo, a fila de espera por cirurgias no Estado de São Paulo beira 200 mil pessoas. Seriam cerca de 194.260 mil cidadãos sem o acesso. Desse modo, haveria um período de espera com média de seis meses para as realizações. 

TCE-SP encontra equipamentos quebrados em 31% das unidades de saúde
No ano passado, o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) realizou uma fiscalização surpresa em 273 hospitais e unidades de saúde do estado gerenciadas por Organizações Sociais de Saúde (OSS). Desse total, 232 locais são de responsabilidade dos municípios e 41 pertencem à rede estadual. A ação ocorreu em 120 cidades diferentes para avaliar a qualidade do atendimento aos usuários e as condições físicas das unidades e dos equipamentos médicos.
Foram encontrados ainda prédios em situação precária, com salas de espera com paredes mofadas e infiltrações; banheiros interditados e sem condições de uso; móveis quebrados e em desuso, e a presença de um cachorro na sala de espera.
Além disso, 61% das unidades de saúde fiscalizadas não possuem Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros. “Os gestores dos contratos firmados com as entidades do terceiro setor serão notificados e terão prazo de 10 dias para apresentar justificativas ao Tribunal sobre as eventuais irregularidades”, informou o TCE.

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