26/01/2023 às 22h27min - Atualizada em 26/01/2023 às 22h27min

​Críticas aumentam sobre o futuro das Casas de Cultura

Comunidades são contra a mudança do formato atual, mas Prefeitura pretende obter parcerias privadas para gerir as Casas de Cultura. Segundo as críticas, haveria menor participação popular. Na página do Participe+, se encontra o projeto para “parceria, na modalidade de termo de colaboração em regime de mútua cooperação para a gestão e manutenção de Casas de Cultura”, incluindo o oferecimento de atividades do setor artístico-cultural, localizadas no município de São Paulo. 
Aline Torres, Secretária Municipal de Cultura, em seu Instagram aponta a posição do Executivo
“Após amplo diagnóstico e diálogo comunitário, a Secretaria Municipal de Cultura propôs um novo modelo de gestão das 19 Casas de Cultura de nosso cidade. Com o novo modelo, iremos aumentar a oferta de programação, quadro de funcionários, oficinas, espetáculos e todas as atividades a sua disposição serão ampliados levando mais cultura até você”.

As Casas de Cultura serão privatizadas? 
“Não. O novo modelo prevê parcerias através de termos de colaboração que além da ampliação e melhorias, terá, com sua ajuda, a fiscalização e o controle da Secretaria de Cultura, que continuará não só formulando as políticas públicas como estabelecendo metas, objetivos e prazos ao parceiro”.
Vão fechar as

Casas de Cultura? 
“Não. Nenhuma casa de cultura será fechada. Com a ampliação de programação, estrutura, funcionários e novos investimentos, nossa previsão é de que em cinco anos com este modelo o acesso a estes espaços será ainda mais democratizado ampliando o público frequentador em 97%, saindo da média de 14.222 frequentadores, que é muito para o investimento feito atualmente, para mais de 30 mil.”

Há críticas ao modelo
Segundo Erick Ovelha, em artigo publicado no site Desenrola e não Me Enrola, “a ideia privatizar um espaço cultural é completamente absurda e precisa ser fortemente combatida. Isto é especialmente verdade na cidade de São Paulo, onde as Casas de Cultura são parte fundamental da identidade da cidade e parte essencial de sua vida cultural. A privatização da cultura seria um desastre para a cidade de São Paulo. Significaria que as Casas de Cultura não seriam mais administradas pela cidade e seus moradores, mas por empresas privadas que podem não ter o mesmo compromisso de servir ao bem público. Significaria também que os serviços prestados pelas Casas de Cultura se tornariam exclusivos para ‘poucos’, e o livre acesso à cultura e às artes que tradicionalmente prestam não estaria mais disponível para aqueles que vivem em territórios periféricos. Eventos importantes como o ‘Panelafro’, ‘Noite dos Tambores’, ‘Mostra cultural da Cooperifa’, etc, que acontecem na Casa Popular de Cultura de M'Boi Mirim, a primeira a ser implementada, correm o risco de ter dificuldades para acontecerem”.

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