12/04/2019 às 15h30min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h51min

Transtornos de aprendizagem: conheça as diferenças entre dislexia, disgrafia e discalculia

De acordo com o Ministério da Educação, cerca de 5% das crianças em fase escolar apresentam alguma variação de transtornos de aprendizagem. Segundo dados do  Censo Escolar divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), são mais de 1,2 milhão de alunos com deficiência, altas habilidades e transtornos globais do desenvolvimento matriculados nas escolas brasileiras. Os transtornos são, especificamente, algum tipo de desordem que impede que uma pessoa aprenda no mesmo ritmo das que não apresentam nenhum tipo de problema. Por isso é necessário saber diferenciar uma dificuldade em determinado assunto, que qualquer indivíduo pode apresentar, de um atraso no aprendizado que cause sofrimento e desconforto no ambiente escolar. Os transtornos são identificados através da observação pedagógica, pois os indivíduos podem apresentar atraso na escola e frustração relacionada a aprendizagem. Por isso, o papel do professor se torna muito importante para o diagnóstico. Os principais transtornos são dislexia, disgrafia e discalculia. A dislexia apresenta dificuldade no reconhecimento preciso e fluente das palavras e na habilidade de decodificá-las e soletrá-las. É um problema crônico e comum, afetando mais de 2 milhões de pessoas no Brasil.  Os sintomas são mais evidentes na infância, pois é nessa época que o transtorno é mais acentuado.  Para saber se seu filho ou aluno possui essa dificuldade, é necessário prestar atenção nos seguintes sintomas:

  • Alterações no desenvolvimento da fala;
  • Dificuldades na memorização de palavras ou regras ortográficas;
  • Dispersão e falta de atenção;
  • Atraso na leitura e/ou comprometimento da fala.
Na disgrafia as crianças apresentam dificuldade na fluência escrita em vários aspectos, cometendo erros de ortografia e na formação das palavras. A  disgrafia pode estar relacionada também com problemas psicomotores. Abaixo alguns sintomas que chamam a atenção para esse transtorno:
  • Dificuldade na formação de letras;
  • Letras pequenas demais ou muito largas;
  • Uso indevido das letras maiúsculas e minúsculas;
  • Letras sobrepostas;
  • Dificuldade na fluência e na escrita.
Discalculia, por sua vez, é o nome usado para se referir a inabilidade da execução de operações matemáticas e aritméticas. Os sintomas dessa condição envolvem a dificuldade de organizar, classificar e realizar operações com números. Se você percebeu alguma dessas características em seu filho ou aluno, é necessário um encaminhamento para um neurologista. A intervenção precoce é fundamental para uma melhor qualidade na vida desse indivíduo. Os sites www.brasil.gov.br ou www.ativosaude.com.br podem ser utilizados como fonte de apoio e conhecimento sobre os transtornos. Fonte: Renata Haddad, pedagoga pós-graduada em Neuroeducação com ênfase em Transtorno do Espectro do Autismo e mestranda em Distúrbios do Desenvolvimento.
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