05/04/2019 às 16h47min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h52min

Assaltos, roubos e homicídios continuam em toda a região. Comunidade pede mais segurança

Uma das grandes preocupações da cidade é a segurança. Os casos de roubos, assaltos e homicídios na região sudoeste estão mais frequentes e preocupando a população, comerciantes e industriais. A Polícia Militar afirma realizar ações constantes, mas todos sabem que o efetivo da corporação não é suficiente e os próprios comandantes alegam ter que fazer rodízio de policiamento nos bairros, sempre deixando desguarnecidos locais de grande concentração de assaltantes, como o Morumbi, Butantã, Santo Amaro e Pinheiros. Apenas em janeiro e fevereiro deste ano, a 89ª DP – Portal do Morumbi registrou mais de 200 roubos e 250 furtos, enquanto a 34ª DP – Vila Sônia, por sua vez, contabilizou cerca de 200 roubos e mais de 300 furtos. No mesmo período, a 14ª DP – Pinheiros registrou quase 600 roubos e mais de 2500 furtos. A 11ª DP – Santo Amaro teve mais de 300 roubos e 750 furtos registrados nos dois primeiros meses do ano. “Precisamos fazer algo! Não podemos mais viver assim. Temos medo de sair de casa. Precisamos fazer um manifesto e levar às autoridades. É um número grande de pessoas. Quem sabe conseguimos um patrulhamento mais intenso aqui no bairro”, afirmou Rosa Maria no grupo Moradores do Morumbi Segurança (MMS). De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP), “...além do policiamento e das operações periódicas como a ‘São Paulo Mais Segura’, ‘Rodovias Mais Seguras’, ‘Pelotão de Redução de Indicadores Criminais’, ‘Morumbi mais Seguro’, as Polícias Civil e Militar, realizaram no último dia 2, a Operação Integrada Morumbi visando combater a criminalidade na região de Paraisópolis. Quatro pessoas foram detidas, uma ‘refinaria’ foi desmontada, 54 veículos de duas e quatro rodas foram vistoriados e 257 autos de infração foram registrados. Estiveram participando da ação mais de 500 policiais militares e civis, com apoio de 195 viaturas e um helicóptero”. O objetivo da Operação Integrada Morumbi “...foi combater a criminalidade e ampliar a sensação de segurança da população em toda a região, com a continuidade da redução dos indicadores criminais, como os casos de roubos em geral e furtos de veículos, que caíram 10,16% e 26,19%, respectivamente, nos primeiros dois meses deste ano frente a 2018, nas áreas do 34º e 89º DPs. As equipes atuaram em locais estratégicos, previamente apontados pelo serviço de inteligência policial, que mapeia os pontos com maior incidência criminal levando em conta, inclusive, os boletins de ocorrência registrados em delegacias. Os trabalhos buscaram inibir possíveis ações de criminosos e garantir a segurança dos moradores, bem como de toda população que trabalha ou transita pela região ao longo do dia...” Os moradores, entretanto, apontam que após a operação, os incidentes continuaram. “Hoje pela manhã, (dia 3/4), por volta das 7h, três motoqueiros armados fizeram arrastões em ruas próximas ao Colégio Pio XII e a rua Dr. Flávio Américo Maurano ‘Ladeirão’. Segundo mães que passavam no momento e conseguiram escapar, os assaltantes abordaram uma perua escolar e mais dois carros. A polícia, a CET e a escola foram informadas. Isso um dia depois da megaoperação da polícia no bairro, o que só prova que os bandidos desta área não temem absolutamente nada. Todo cuidado é pouco”, comentou Margarete Ferreira Codling. Já Luciano Bueno afirmou que ”está tudo voltando ao normal. Hoje por exemplo, percorri o bairro todo e nenhuma polícia no caminho. Não adianta esse ‘fogo de palha’ todo, se o crime está cada vez mais organizado!”. Rosa Maria concorda: “Pois é, como eu disse, não adianta fazer operações somente quando procuram algo! Precisamos é de ações todos os dias”. Já pela região do Butantã, que abrange também o Morumbi, as ações de intensificação, prevenção e abordagem de pessoas e veículos na localidade apontada e suas adjacências, são desenvolvidas pelos “Programa de Radiopatrulhamento” com motos e Rádio Patrulhas, sendo realizadas operações de bloqueio, saturação e visibilidade, de acordo com o aumento dos indicadores criminais de cada região.   Veja mais comentários dos moradores no quadro em destaque:   Abaixo-assinado em Pinheiros Em Pinheiros, moradores preparam um abaixo-assinado que pretendem levar às autoridades locais. De acordo com o documento intitulado SOS Pinheiros e Vila Madalena, “...o bairro de Pinheiros não suporta mais o total nível de abandono de suas mínimas necessidades de Limpeza & Segurança” O abaixo-assinado ainda aponta “...o aspecto desolador que os bairros se encontram e o nível amedrontador de assaltos e furtos que acontecem...”. A iniciativa pode ser conferida em no site www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/45583#inicio e já conta com centenas de assinaturas. Na região de Pinheiros, afirma a Secretaria da Segurança Pública, que além do direcionamento do policiamento e operações, também está sendo desenvolvido o ‘Programa Vizinhança Solidária’ e o ‘Policiamento Comunitário pelo efetivo da Base Comunitária de Segurança Clínicas’, onde são realizadas reuniões com os moradores, síndicos e porteiros para conscientização sobre as medidas preventivas de segurança. A intensificação do policiamento acontece através dos pontos de estacionamentos e bloqueios nas áreas residenciais e comerciais a fim de coibir estes tipos de delitos. A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) esclarece que houve a reorganização da Guarda Civil Metropolitana definindo as áreas de atuação dos Comandos Operacionais com as áreas dos Comandos de Policiamento de Área Metropolitana da Polícia Militar do Estado de São Paulo (CPA-M) e as inspetorias da GCM com as regiões dos Batalhões de Polícia Militar (BPM). Com a reestruturação, uma nova logística e compartilhamento de dados sobre segurança da região serão disponibilizados entre os dois órgãos. A partir da mudança, a Inspetoria de Pinheiros foi extinta e o efetivo foi incorporado para a unidade do Butantã, que compreende a área de policiamento do 23º BPMM. As ações da GCM na região são voltadas ao apoio aos agentes dos órgãos municipais.   “Eu acabei de sair (1/4, às 21h) do Pão de Açúcar do Portal e, enquanto eu estava fazendo compras, uma senhora foi assaltada no estacionamento. O coitado do segurança, que anda com uma motinho lá dentro, nada pode fazer, porque ele não possui arma (obviamente, os bandidos estavam armados). Fiquem espertos.” Enio Olavo Bacchereti   “Chega a ser vergonhoso. Dentro de um supermercado. Não há dia, não há hora e também não há lugar.” João Vitor Bressali   “Que absurdo, não temos  paz em lugar algum, não vejo a hora que seja liberado o porte de arma! Estamos à disposição das vítimas da sociedade, para quando precisarem de dinheiro  escolherem suas próximas vítimas.” Alexandre Padrão   “O problema é que Deus não vai ajudar e sem B.O também não ajuda no policiamento.  A maioria não entra na delegacia pra fazer o registro. Isso no Morumbi e em São Paulo inteira. Não é um problema do bairro. Sim, temos mais noticias daqui pois o grupo é do Morumbi. Mas vai lá fazer parte do grupo do Brooklin ou Campo Belo pra ver como é. Por mais demorado que seja o atendimento na delegacia, tem sim que fazer a denuncia.” Geórgia Zeringota   “Um absurdo! Não pode! Ela não parou o carro na rua.... estava dentro do estacionamento do mercado onde eles deveriam arcar com a segurança dos clientes! Responsabilidade total do mercado!” Carol Barros   “R$ 1000,00 por edifício/mês x 500 edifícios = R$ 500mil/mês; dá para colocar um exército particular nas ruas....” Ricardo Gui   “Há cerca de um mês, um grupo de moradores do Morumbi se organizou para iniciar um amplo sistema de monitoramento das vias da região. A um custo de R$2 mil, rateado por oito vizinhos, a Avenida Lopes de Azevedo ganhou as oito primeiras câmeras, cada uma responsável pela cobertura de um trecho de 200 metros do local. Tratam-se de equipamentos mais modernos  que os tradicionais encontrados em outros pontos da capital. Todas as imagens captadas por eles — como de placas de veículos que circulam no entorno, por exemplo — são enviadas em tempo real tanto para aplicativos instalados nos celulares dos moradores como para o Centro de Operações da Polícia Militar (Copom), no centro. Além disso, as cenas não ficam guardadas no interior dos dispositivos, como ocorre nos modelos comuns, mas na “nuvem”, como é conhecido o sistema moderno de armazenamento de dados na web.” Adilson Salvador Mulha (Moradores do Morumbi Segurança)   “Cuidado com os entregadores do ifood. Eles estão assaltando na região. Você acha que eles estão procurando endereço e, de repente, sacam a arma e assaltam. Fui vitima na rua de casa por um entregador do ifood, com mochila e jaqueta do ifood, na quinta à noite, rua Raimundo Simão de Sousa, quase em frente à padaria Leticia” Roberto França   “Fui assaltada dia 2 de abril em torno de 9h45 na Av. Eliseu de Almeida por um indivíduo em uma moto preta em frente ao Makro sentido centro. No nervosismo não consegui decorar a placa, era AGK ou AKG, os números não consegui gravar. Felizmente levou só minha aliança.” Daphne Busto Matroni “Quando conseguiremos parar com a violência?  Estava visitando uma escola. Estacionei meu carro próximo em uma rua que tem movimento constante . Quando fui embora me deparei com está cena até quando .... já deu .... limite zero.” Luiz Augusto   “O investimento faz parte de uma série de ações dos moradores para superar uma crescente sensação de insegurança no Morumbi. Apesar de o bairro não enfrentar uma epidemia de violência — neste ano foram registrados doze homicídios, 4,4 para cada 100 000 habitantes, metade da média da capital —, episódios de repercussão na mídia o têm posto em evidência.” Adilson Mulha   “E só ver a TV ‘Brasil Urgente’ que hoje teve arrastão e assalto nas ruas de nosso bairro do Morumbi. Cadê a polícia que todos estão falando que tinha hoje nas ruas? E uma vergonha, ontem estávamos com polícia e agora?”Roberto França


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