05/04/2019 às 16h36min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h52min

Emendar a pílula anticoncepcional faz mal?

Uma das alternativas para interromper a menstruação é o uso contínuo da pílula anticoncepcional, emendando as cartelas da medicação. A opção, no entanto, ainda gera dúvidas sobre eventuais malefícios à saúde da mulher. A ginecologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Maria Luisa Mendes Nazar, esclarece os principais pontos sobre o tema:

  1. Emendar a cartela faz mal à saúde?
A ginecologista tranquiliza sobre o hábito e conta que optar por emendar a cartela não traz riscos à saúde. "O corpo vai receber a quantidade fixa de hormônio da medicação, que geralmente é composto por estrogênio e progesterona, e assim, não estimula o crescimento do tecido do útero e consequentemente não há menstruação. Esse processo não interfere na saúde", conclui.
  1. Há um limite de cartelas que possam ser emendadas?
Não, o que pode interferir é a adaptação de cada mulher à dose hormonal da medicação. Segundo a médica, o aconselhável é que sejam observados os efeitos durante três meses. Caso neste período ocorram pequenos sangramentos, é importante consultar o médico para a troca da pílula com uma dose hormonal maior.
  1. Quando ocorre o escape é preciso interromper a pílula?
Em casos em que o uso já ultrapassou os três meses de adaptação, quando há o escape é indicado realizar a pausa de quatro a sete dias e retornar com a mesma medicação, sem problema algum, recomenda a especialista.
  1. Por que acontece o escape mesmo não interrompendo o uso?
A dosagem pode não impedir por completo o crescimento do tecido do útero, ocorrendo pequenos sangramentos. A médica enfatiza, porém, que esses escapes não são sinais de ineficácia contra a gravidez.
  1. Essa opção é contraindicada para alguma mulher?
A contraindicação não é diretamente sobre o uso contínuo, mas sobre a composição da pílula. Segundo a especialista, mulheres com problemas circulatórios, cardíacos e com histórico de enxaqueca devem evitar o uso de estrogênio. Maria esclarece que para esses casos, há opção de pílulas somente com progesterona. Fonte: Maria Luisa Mendes Nazar, ginecologista do Hospital Edmundo Vasconcelos (www.hospitaledmundovasconcelos.com.br)  
Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Comentar

*Ao utilizar o sistema de comentários você está de acordo com a POLÍTICA DE PRIVACIDADE do site https://gazetadepinheiros.com.br/.