26/08/2022 às 01h12min - Atualizada em 26/08/2022 às 01h12min

​‘Floresta de Bolso’, bosque do Largo Batata, é destaque internacional

Em pleno concreto do Largo da Batata, surgiu um espaço verde, após cinco anos de seu início, com plantas nativas e da Mata Atlântica que costumavam ocupar a região, e que agora já despontam e aparecem vizinhos ao árido local, dando uma sensação de frescor e ar límpido.  O responsável foi o paisagista Ricardo Cardim, mas a comunidade pinheirense reclama da falta de atenção da Subprefeitura de Pinheiros e do lixo acumulado no local.
O espaço foi motivo de destaque internacional. No canal de B. Lorraine Smith é possível acompanhar as mudanças pelas quais o espaço passa. É possível acessar o vídeo em https://youtu.be/mjIZgN0lnhs


Vamos cuidar das árvores
A Gazeta de Pinheiros – Grupo 1 de Jornais conversou há algumas semanas com Ricardo Cardim sobre o espaço.
Gazeta de Pinheiros - O escritório ainda mantém algum vínculo com o local?
Ricardo Cardim – Não. Eu acompanho informalmente para poder ver como é a evolução.
GP - Quais os cuidados deveriam ser tomados no espaço?
RC - Bem, acho que deveria ter uma coleta de lixo diária, normal do que seria um espaço público. Precisamos educar as pessoas, cada vez mais, sobre a importância de não se jogar lixo em áreas verdes. A ‘Floresta de Bolso’, não precisa de irrigação, de manutenção, de podas constantes. Não precisa de cuidados muito grandes, porque é uma vegetação nativa, de baixa manutenção. Então, o que realmente seria importante seria essa coleta diária do lixo, porque, infelizmente, aquela região é de grande passagem de pessoas e nem todas são educadas e acabam jogando lixo na rua.
GP - Como a comunidade pode contribuir ainda mais com o Bosque?
RC - Eu acho que as pessoas contribuem muito com o Bosque. A gente percebe um’feedback’ muito positivo das pessoas, quando conversamos com elas. A maioria gosta muito, o que é extraordinário, porque é uma proposta muito diferente do paisagismo de estilo dos séculos XVII ou XIX, que são comuns no Brasil (aquele paisagismo de castelo francês). Então, eu acredito que as pessoas podem contribuir é protegendo o Bosque, não deixando depredar, valorizando esse pedacinho de Mata Atlântica que nasceu no meio de um bairro tão árido dentro de uma metrópole tão árdua São Paulo.
GP - Há planos para novas iniciativas como esta na região?
RC - Infelizmente, não. Hoje, é cada vez mais difícil a autorização do poder público fazer iniciativas como esta, mesmo que elas não custem nada aos erários públicos.

Prefeitura diz que zeladoria é apenas mensal
A Prefeitura, por meio da Subprefeitura Pinheiros, informa que a zeladoria no Bosque da Batata é realizada mensalmente, apesar dos protestos e reivindicação da comunidade. Segundo a Secretaria Municipal das Subprefeituras, o serviço de poda não foi realizado no local, pois os exemplares são novos e ainda não formaram copas.

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