Após o primeiro fim de semana oficial dos Blocos de Rua do Carnaval, a Subprefeitura de Pinheiros vê saldo positivo, principalmente em relação aos anos passados. Uma das grandes reclamações dos foliões foi a falta de banheiros químicos, pois os equipamentos evitam que as pessoas procurem quintais ou paredes. Para os moradores os problemas continuam os mesmos, ou seja, muita sujeira, desrespeito à “lei do xixi”, fechamento de ruas, que prejudica o livre trânsito da população e prejudica o comércio, além dos baderneiros que ultrapassam o horário permitido e causam brigas e desentendimentos pelo uso excessivo de bebidas alcoólicas. “Para o fim de semana do pré-carnaval, foram contratados 1.400 banheiros por dia. No sábado (23), a empresa responsável pelos equipamentos entregou 300 unidades a menos, o que foi compensado no domingo (24)”, afirmou a Subprefeitura. A administração local reconheceu que precisará ainda melhorar o número. “A experiência do primeiro fim de semana da festa na cidade mostrou que, com a organização planejada para este ano, será necessário um incremento em relação ao que foi inicialmente projetado. Por isso, serão disponibilizados 1.700 banheiros por dia nos seis dias restantes do Carnaval de Rua, além de reorganizar a logística para remanejar os equipamentos onde há maior demanda”, complementa. Entretanto, a Subprefeitura viu a experiência como positiva. Foram direcionadas na região de Pinheiros, nos dois dias, um total de 774 funcionários, sendo eles varredores, fiscais, motoristas e coletores. Assim os horários foram mais respeitados do que nos eventos passados, segundo a administração. “O respeito com o limite de horário; sons desligados às 20h, dispersão de foliões e apreensões e 42 autuações, são alguns pontos a serem destacados em relação ao evento de pré-carnaval em Pinheiros”. Leitores reclamam Entre as centenas de mensagens que a Gazeta de Pinheiros recebeu, desaprovando a invasão do bairro e colocando em dúvida a organização, já que no numero de foliões sempre ultrapassa as expectativas da Prefeitura, selecionamos algumas mensagens: Vivian Battiloro contradisse a informação. “Os blocos não estão respeitando o horário estipulado e alguns, como a ‘Confraria do Pasmado’, infelizmente ultrapassou em 1h20, mesmo a CET ligando para o staff do trio para liberar a via. O mesmo bloco também não respeitou o percurso combinado e ficou parado 2h30 no mesmo lugar, causando ajuntamento e concentração nas pequenas ruas ao redor”, escreveu. “Pessoal, eu acho que todos viram o que aconteceu nos finais de semana. Eu faço parte da geração jovem a favor do Carnaval de Rua, mas o que aconteceu ali não foi isso. Vejo muita gente da minha idade zombando os comentários dos mais velhos, mas acho que falta um pouco de noção. Fechar a via pública sem horário pré-estabelecido, sem aviso, é muito prejudicial aos moradores e comerciantes. Pra ter bloco precisa de organização, polícia, lixeiros, ambulância, controle do fluxo e tudo isso precisa ser combinado previamente. Além disso, de Carnaval nada tinha ali, só um aglomerado de gente tapando a rua, nem música tinha direito. Nada de cultural, me desculpem, mas não dá pra chamar de Carnaval de rua. Eu vi que estão organizando outros eventos. Não seria o caso dos moradores se organizarem? Se não vai ter tudo de novo.” Lais Dias “Como explicar à população que o Chefe de Gabinete da Subprefeitura é ou era, vai saber, presidente de bloco de Carnaval e o atual Secretário de Cultura da cidade é fundador de um dos maiores blocos de carnaval, que tem como lema "A cidade é nossa, é proibido proibir"? Monica Lauber Limpeza Em cada dia do pré-carnaval (23 e 24 de janeiro) a Autoridade Municipal da Limpeza Urbana (Amlurb) executou a movimentação de cerca de 230 frotas dedicadas a operação de limpeza urbana. Para lavagem das ruas, foi utilizado, em todo o pré-carnaval, cerca de 2.243m³ de água reutilizada. Ao todo, foram coletadas cerca de 100,26 toneladas de resíduos. Na região de Pinheiros, 555m³ de água foram reutilizados para a lavagem das vias. “Normalmente, todos os resíduos coletados durante as varrições na cidade são encaminhados para os aterros sanitários. Neste ano, a dinâmica será diferente, enviaremos todos para serem triados e reciclados”, diz Edson Tomaz Filho, presidente da autarquia. Na última edição do Carnaval de Rua, a Amlurb recolheu aproximadamente 958 toneladas de lixo. A previsão para este ano é coletar cerca de 14% a mais que 2018 – correspondendo cerca de um mil de toneladas de lixo. Lei do xixi No primeiro fim de semana oficial do Carnaval, em toda cidade, foram autuados 46 casos através da Lei do Xixi, Decreto 57.983, que visa conscientizar a população a não urinar nas ruas e vias da capital. Fiscais das Subprefeituras, acompanhados de agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM), estarão também nas ruas no Carnaval para autuar pessoas que forem flagradas urinando em locais públicos. O valor da multa será de R$ 526,57, com base na lei nº 16.647. O total arrecadado será destinado ao Fundo Municipal de Limpeza Urbana. Esta ação tem o objetivo de conscientizar a população a manter a limpeza urbana não só durante o carnaval, mas em todos os dias. Vila Madalena A região da Vila Madalena terá área para foliões, que será restrita para desfiles e ambulantes no Carnaval de Rua 2019. A ZAE (Zona de Atenção Especial) será mantida, como no ano passado, e fechará as ruas Wisard, Girassol, Inácio Pereira da Rocha e Morás durante os oito dias de festa. Os bares do quadrilátero funcionarão normalmente. A ZAE terá acesso limitado durante o carnaval. Para inibir a passagem de veículos, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) bloqueará as vias a partir das 12h e liberará à 1h. O espaço será cercado por gradis das 13h à meia noite. A partir das 14h, o acesso ao quadrilátero poderá ser rotativo, por conta do controle e limite de cinco mil pessoas no local.
