20/08/2021 às 00h05min - Atualizada em 20/08/2021 às 00h05min

Medalhistas campeões de boxe em Tóquio destacam o trabalho do Centro Olímpico em Santo Amaro

O desempenho do boxe brasileiro na Olimpíada de Tóquio com conquista de três medalhas chamou a atenção para o trabalho que vem sendo realizado na prática do esporte na cidade de São Paulo. Hebert Conceição, medalha de ouro (75 kg); Beatriz Ferreira, prata (60 kg); e Abner Teixeira, bronze (91 kg) treinam no Núcleo de Alto Rendimento (NAR) do Centro Esportivo Joerg Bruder, em Santo Amaro, parceria da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer (Seme) com o Instituto Península. Além do treinamento e avaliação de atletas de alto rendimento, como é o caso dos medalhistas do boxe brasileiro nos Jogos Olímpicos, o NAR é voltado para a produção científica e o desenvolvimento de novas tecnologias. É uma tradição no boxe brasileiro que os atletas sejam descobertos em projetos sociais desenvolvidos nos municípios por prefeituras, Organizações Não-Governamentais (ONG) e muitas vezes, por meio de iniciativas individuais de treinadores. Em São Paulo, muitas revelações dão seus primeiros golpes no Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa (COTP) da Prefeitura. O presidente da Confederação Brasileira de Boxe (CBBoxe), Marcos Cândido, destacou o trabalho realizado pela Seme. “Realizamos essa parceria há muitos anos, e se a Confederação e nossos atletas conquistaram medalhas nas últimas três Olimpíadas, podem ter certeza de que a Secretaria de Esportes tem um pedacinho delas. É uma contribuição fantástica, principalmente pelo trabalho desenvolvido no NAR. O medalhista de bronze, Abner Teixeira, que na Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016, foi ‘sparring’ de Juan Nogueira, boxeador também formado pelo Centro Olímpico, lembrou de seu início em projetos sociais e a importância do COTP para sua carreira. “Desde criança sempre tive vontade de ser atleta, comecei num projeto na minha cidade até chegar ao Centro Olímpico e ser formado pelo grande professor Messias Gomes, um nome de muita importância para o pugilismo no Brasil. São lugares como o Centro Olímpico que mantêm o boxe vivo”. O treinador da seleção brasileira de boxe, Amônio Lima, disse que as condições oferecidas durante a pandemia pelo Centro Esportivo Joerg Bruder, na parceria com o Núcleo de Alto Rendimento, foram fundamentais para as conquistas em Tóquio. “Conseguimos treinar com segurança, o atleta de alto rendimento precisa estar sempre treinando para obter resultados, se não fosse o Centro Esportivo não teríamos espaço para trabalhar”, disse o treinador. Em Tóquio, Lima protagonizou uma das cenas mais bonitas do boxe na Olimpíada ao ajudar um atleta venezuelano que não tinha treinador. “Passou um filme na minha cabeça porque já estive nessa situação, é muito gratificante poder ajudar”, explicou. Para o medalhista de ouro, Hebert Conceição, a conquista em Tóquio vai aumentar sua responsabilidade. “Tenho pela frente o desafio de conquistar novas vitórias, medalhas e campeonatos, mas também sinto que posso influenciar positivamente muitos jovens a vencer na vida”. Beatriz Ferreira, que além da medalha de prata em Tóquio também é campeã mundial (60 kg), está consciente que de agora em diante será referência para muitos jovens e manda um recado a quem pretende subir nos ringues. “Lutem, continuem lutando. Se esse é o sonho, continue. Barreiras vão vir, mas se acreditar, trabalhar, ter metas, vai conseguir. E quando conseguir, vai ver que valeu a pena todo o esforço”, completou.


Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Comentar

*Ao utilizar o sistema de comentários você está de acordo com a POLÍTICA DE PRIVACIDADE do site https://gazetadepinheiros.com.br/.