04/06/2021 às 00h43min - Atualizada em 04/06/2021 às 00h43min

Aos verdadeiros heróis que dão a vida para que outros possam viver

A origem da criação dos bombeiros se confunde com a descoberta do fogo. No ano de 27 A.C., a Vigiles foi a primeira organização de combate ao fogo, fundada pelo Imperador contemporâneo de Jesus, Otávio Augusto, durante a Pax Romana, cuja finalidade era patrulhar todas as ruas da capital, a fim de manter a ordem e impedir a propagação de incêndios. Em 1648, a primeira unidade dos EUA foi constituída no assentamento holandês de Nova Amsterdã por quatro guardas que apagaram um incêndio provocado por chaminés. Nas últimas décadas, devido à moderna tecnologia das áreas urbanas, concentrando a maior parte da população, a preocupação dos bombeiros americanos passou a ser as florestas, vítimas de incêndios criminosos, a exemplo da Califórnia, ano após ano. Nesse sentido, Angelina Jolie, interpreta uma guarda-florestal de Park County, Montana, acuada por um incêndio criminoso ao lado de um garoto desconhecido. Em Aqueles Que Me Desejam a Morte (nos cinemas), apesar da ótima fotografia e do elenco competente, o diretor Taylor Sheridan, de Sem Remorso, não soube misturar novamente ação e investigação. Tanto o trauma da paraquedista florestal quanto as motivações da organização criminosa não foram bem desenvolvidas, principalmente o trabalho árduo desses heróis inglórios, passa quase despercebido. Ao contrário do verídico, Homens de Coragem, na Netflix, baseado no artigo “No Exit”, da revista GQ, ao descrever o treinamento pesado do  primeiro esquadrão de elite municipal, liderado por Eric Marsh (Josh Brolin). No interior do Arizona, o ex-dependente químico que vive um casamento truculento com a bela encantadora de cavalos, Amanda (Jennifer Connelly), tenta tirar o recruta, pai de família, Brendan McDonough (Miles Teller) do caminho das drogas, ocupando-o com a desgastante rotina em salvar vidas diariamente. No entanto, o clássico da sétima arte que simboliza com perfeição essa nobre corporação, é Inferno na Torre de 1974, uma combinação dos livros: The Tower, e The Glass Inferno. Dirigido por John Guillermin, de King Kong (1976) e Irwin Allen, o mesmo diretor de O Destino do Poseidon e criador das séries clássicas: Viagem ao Fundo do Mar, Perdidos no Espaço, O Túnel do Tempo, Terra de Gigantes e A Família Robinson. A Warner e a Fox uniram forças de modo a bancar o grande elenco formado por: Steve McQueen, Paul Newman, William Holden, Faye Dunaway, Fred Astaire, O.J. Simpson, Richard Chamberlain, Robert Vaughn e Robert Wagner. Dois anos após a corruptível arrogância humana ir por água abaixo em O Destino do Poseidon, é inaugurado às pressas em São Francisco o titânico arranha-céu de 138 andares, consumido pelo fogo, horas depois. Destaque às línguas de fogo que espremidas estouraram centenas de janelas para “suicidas” labaredas humanas se jogarem em câmera lenta para fora do edifício gigantesco. A robusta brigada de incêndio franciscana, comandada pelo chefe dos bombeiros Michael O'Hallorhan (Steve McQueen), virou referência universal de salvamento, a exemplo dos angelicais salva-vidas de Baywatch: S.O.S. Malibu e da polícia rodoviária californiana, CHiPs. No dia 02 de julho comemora-se o dia do bombeiro no Brasil, uma corporação da Defesa Civil, diretamente ligada à Polícia Militar. Desde 1851 existiram iniciativas de modo a constituir um serviço de combate a incêndios na cidade de São Paulo, concretizado oficialmente apenas no dia 10 de março de 1880, após a promulgação de uma lei da Província de São Paulo, instituindo um Corpo de Bombeiros com vinte integrantes, anexo à Companhia de Urbanos, a Corporação Policial da época. Baseado na obra psicografada pelo médium mineiro Chico Xavier: Somos Seis, o longa brasileiro, Joelma 23º Andar, foi o primeiro de temática espírita do planeta, misturando o realismo impressionante da terceira maior tragédia da história do país com a limitada ficção cinematográfica dirigida por Clery Cunha, através da fidedigna agonia dos personagens que tentavam sobreviver, desesperadamente. Pouco antes das 9 horas da manhã daquela sexta-feira, no primeiro dia do mês de fevereiro de 1974, as chamas ciclópicas originárias do sistema de ar condicionado, fizeram 191 vítimas e mais de 300 feridos, a maioria salva pela escada Magirus dos heróis de vermelho, instalada nas laterais do edifício, enquanto os desorientados funcionários na cobertura sem heliporto, morriam asfixiados pelo rolo de fumaça negra, elevando-se até as esferas superiores. Uma delas foi a autora do livro supracitado, Volquimar Carvalho dos Santos, interpretada pela filha de Nicette Bruno, Beth Goulart, na época com 15 anos apenas, chamada Lucimar no filme. Nicette, que desencarnou em 20 de dezembro de 2020, coordenava a Sociedade Brasileira de Estudos Espíritas. Graças à iniciativa da mãe de Volquimar, que procurou em Uberaba o bondoso pontífice entre o Céu e a Terra, a obra literária pode ser publicada ao lado de quase 500 livros psicografados pelo maior brasileiro de todos os tempos.
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