03/06/2021 às 23h50min - Atualizada em 03/06/2021 às 23h50min

Proibição de funcionamento dos Clubes da Comunidade deixa milhares de jovens nas ruas

Com o fechamento, devido à pandemia e proibição de funcionamento pela SEME, milhares de jovens voltaram para as ruas e ficaram sem os importantes CDCs-Clubes da Comunidade, centros de lazer esportivos instalados nos bairros da cidade. Enquanto “Escolinhas de Futebol” de clubes profissionais podem funcionar, os CDCs estão fechados, sobrevivendo com dificuldades, pois perderam muitas verbas e alunos e só oferecem o local para passeios ou caminhadas. Questionada sobre novas interrupções ou se possui um plano de auxílio aos espaços, a Secretaria Municipal de Esportes e Lazer (SEME) informa que não dispõe em seu orçamento de recursos para serem repassados e que são equipamentos de administração indireta da capital. Clubes da Comunidade abrigam milhares de jovens A Secretaria Municipal de Esportes e Lazer (SEME) informa que os Clubes da Comunidade (CDCs) são equipamentos de administração indireta. As unidades são instaladas em áreas municipais com autorização da Prefeitura, mas a gestão é feita por associações esportivas legalmente constituídas. À SEME cabe coordenar o processo de instalação do CDC nas questões burocráticas que envolvem a documentação e verificação das exigências físicas para a instalação do equipamento, conforme o Decreto Municipal 57.260/2016. A SEME não tem poder legal para exercer ações de fiscalização nos equipamentos esportivos da cidade. No caso dos CDCs, no que se refere ao Plano São Paulo,  a SEME poderá adotar as medidas legais previstas na legislação caso receba  alguma denúncia devidamente comprovada e documentada pelos órgãos competentes. Clube Pequeninos do Jockey: revelador de craques O Clube Pequeninos do Jockey, tem como missão transformar crianças em grandes craques e em gigantes seres humanos. Tem em seu portfólio centenas de títulos nacionais e internacionais, sendo que dezenas de atletas renomados já frequentaram os campos do clube. O local já formou craques da seleção brasileira como os meias Zé Roberto e Julio Batista. E como exemplo, revelou recentemente os craques Liziero e Luan, atuais campeões estaduais que ajudaram o São Paulo F.C a conquistar o título. Entrevistamos o fundador e presidente José Guimarães Jr., que tem seu centro esportivo batizado de “Vera Ferraz Donnini”, (jornalista que foi diretora do Grupo 1 – Gazeta de Pinheiros, que batalhou e conseguiu com a comunidade o comodato desta área municipal para a entidade),  que conversou com a redação sobre a situação atual. Gazeta de Pinheiros - Há risco de fechamento dos Centros Desportivos Municipais? De forma permanente, ou temporária em virtude da pandemia? José Guimarães Junior - Sim, temporária, em virtude da pandemia, e permanente, pois não temos ajuda e ou recurso para nos sustentar. GP - O que significa o fechamento? JGJ - Significa não ter recursos para manter as despesas, funcionários, perda de alunos e o pior: deixar centenas, milhares de jovens nas ruas. GP - Como está a situação do Pequeninos do Jockey? JGJ - Após seis meses fechados em 2020 e dois meses fechados em 2021, estamos com acúmulo de dívidas e perda de alunos gigantesca, totalizando 8 meses sem recursos e sem ajuda dos órgãos públicos, não só aqui como em todos os CDC’s que estão à beira do colapso financeiro. Em documento, o Pequeninos do Jockey afirma que “a situação se agrava com a pandemia que assola nosso país e o mundo, e os tratamentos diferenciados que estão sendo dados a outras entidades esportivas, o que não se sustenta, uma vez que as atividades esportivas ajudam a evitar agravamento da doença”. “Os jogos de futebol que nos clubes e centros de treinamento de São Paulo e do Brasil, estão em plena atividade com a permissão do governo, nos CDC’s sem qualquer motivação real ainda estão proibidas. Andando pelas ruas, vemos os meninos que antes estavam aqui, largados e jogando em praças e calçadas. Os CDC´s com suas atividades limitadas, não estão podendo fazer a prática esportiva “o jogo de futebol” entre as crianças, mesmo com todo o cumprimento dos procedimentos de protocolos de higiene, está afastando as crianças. Cumpre observar que não se trata de público, mas apenas do jogo de futebol, seguindo as práticas e regras”, complementa o documento.


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