05/02/2021 às 00h20min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h19min

População reclama de voos barulhentos e de baixa altitude na região

Localizado perto do coração da cidade de São Paulo, Congonhas é um dos principais  aeroportos da nação. De acordo com moradores locais, nas últimas semanas as rotas de decolagem têm se caracterizado por serem “de baixa altitude, executada sobre os prédios da região, em manobra de decolagem”. O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), entretanto, afirma que não houve mudança nas rotas. Baixa altitude Depoimentos de moradores e empresários das proximidades da Avenida Paulista afirmam que, nas últimas semanas, houve um acentuado número de aviões em manobras que se aproximam do que foi apontado como “baixa altitude”. “Há poucas semanas, de uma hora para outra, sem qualquer aviso ou comunicação prévia, fomos surpreendidos com sobrevoos diários de aviões procedentes do Aeroporto de Congonhas, em curva acentuada e de baixa altitude, executada sobre os prédios da região, em manobra de decolagem”, afirmam os moradores. Manobras aéreas Essas inusitadas manobras aéreas, antes incomuns nesta região, tiveram início no final do mês passado, dezembro de 2020, e vêm-se intensificando desde então. Os sobrevoos iniciam-se diariamente às 6h e se encerram perto das 23h, perfazendo um total de 17 horas de muito barulho. Lembramos que a Avenida Paulista se situa num espigão, o ponto mais alto do planalto em que se localiza a cidade de São Paulo. Essa localização, aliada à presença de altos edifícios ao longo de toda a avenida, torna ainda maior a proximidade com os aviões que, em rota de decolagem, ainda não alcançaram grande altitude, quando cruzam a avenida, o que contribui por gerar, dessa forma, um desconforto e um distúrbio muito maiores para todos os que vivem e trabalham na área. “A alteração imprevista na rota dos voos, que também tem afetado os moradores e trabalhadores dos bairros próximos à Avenida Paulista, como Jardins, Cerqueira César, Bela Vista, Consolação, Paraíso, Vila Mariana e Aclimação, caso que também tem afetado os moradores de Pinheiros, Butantã e Morumbi, que vem acompanhada da falta de informações e das dificuldades que a comunidade afetada enfrent,a para obter esclarecimentos junto aos órgãos públicos responsáveis, muito mais ainda para lograr providências que possam resultar no restabelecimento da rota alterada ou vir a atenuar os problemas que essa inesperada e indesejada mudança causou”. O.B.N. Raphaela Galletti, presidente da ‘MOVPaulista’, associação dos moradores, prestadores de serviços e comerciantes da Avenida Paulista e entornos, corrobora com o depoimento. De acordo com ela, tem causado incômodo “a nova rota de aviões têm causado para esta região, eis que passam voando muito baixo, lembrando que é a região mais alta da cidade. Os bairros Paraíso e Vila Mariana também estão sofrendo tais perturbações sonoras. [...] Morando no vigésimo andar do ponto de maior altitude da cidade (fora o Jaraguá), até mesmo o som de TV é interrompido quando algum avião passa sobre a Avenida Paulista”. Decea Porém, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), em nota, aponta que as rotas permanecem as mesmas. Segundo o órgão, o que aumentou foi o número de decolagem, mesmo que retomando patamares menores que a antecedeu a pandemia.


Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Comentar

*Ao utilizar o sistema de comentários você está de acordo com a POLÍTICA DE PRIVACIDADE do site https://gazetadepinheiros.com.br/.