Centro de Treinamento Paralímpico recebe paratletas de sete países das Américas - Foto: João FragaApós um longo hiato, a CBTM, em parceria com a ITTF (Federação Internacional de Tênis de Mesa), realizou um treinamento preparatório com a participação de sete países das Américas com o intuito de promover trocas de conhecimento e métodos de treinamento. O evento foi realizado de 2 a 5 de outubro no Centro de Treinamento Paralímpico, na cidade de São Paulo.
Paratletas e treinadores se reuniram para promoverem o tênis de mesa paralímpico e também se prepararem para o Aberto do Brasil ITTF Fator 20. O Brasil encabeçou o evento, que contou com a participação dos Estados Unidos, Canadá, Guatemala, Chile, Guiana e Venezuela.
O Presidente da CBTM, Alaor Azevedo, compareceu ao treinamento e frisou a importância da realização do evento. “Fazia 15 anos que não acontecia algo assim entre países das Américas no tênis de mesa paralímpico. É um resgate da cooperação entre treinadores e paratletas de diferentes culturas, visando o crescimento da modalidade e do continente como um todo. Estamos muito contentes e confiantes na continuidade dessas trocas.”
Durante todo o evento, a convivência entre os paratletas foi harmoniosa e supervisionada pelos treinadores, que tiveram toda a liberdade para intervirem e orientarem. Daniel Peterossi, treinador principal da seleção brasileira paralímpica, destacou a troca de conhecimentos e estratégias diferentes.
“Em um evento como este, foi crucial para o nosso planejamento incluir os paratletas mais jovens, da base, proporcionando a eles a oportunidade de interagir com outros treinadores e de conhecer mais profundamente outros métodos de treino.” disse Daniel Peterossi.
Esse é o caso de Sophia Kelmer, revelação de 16 anos, que esteve nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024. “Foi muito legal ter uma experiência como esta. Os treinadores dos outros países foram muito atenciosos, ao mesmo tempo que é diferente você treinar junto com adversários que costuma enfrentar”, completou.
Já o treinador canadense Khen Ng fez questão de elogiar a estrutura do Centro de Treinamento Paralímpico, bem como a integração promovida pela seleção brasileira. “Não temos uma estrutura assim para o tênis de mesa no Canadá, é admirável. Não à toa, o Brasil está muito bem no cenário internacional, já que todos os atletas podem treinar juntos em um espaço como este.”
Segunda força no tênis de mesa paralímpico na América do Sul, o Chile rivaliza com o Brasil em várias classes. A chilena Joseline Yevenes salientou que um treinamento preparatório com tantos modos diferentes de enxergar a modalidade é fundamental antes do Aberto do Brasil ITTF Fator 20. “Nunca tinha participado de algo assim, ainda mais antes de uma competição importante. Todos ganham com o intercâmbio entre países.”
Com o término do treinamento preparatório, todos voltam às atenções para o Aberto do Brasil ITTF Fator 20, que começa neste domingo (6), também no Centro de Treinamento Paralímpico.
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CARLOS ALESSANDRO REGO DA SILVA
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