20/01/2022 às 21h59min - Atualizada em 20/01/2022 às 21h59min

​Santo Amaro comemora 470 anos

Antes uma cidade, o histórico bairro paulistano de Santo Amaro completa neste mês 470 anos de história. Da aldeia dos índios guaianases à beira do rio Jeribatiba (Jerivá – palmeira que produz cocos e tiba – abundância), na localidade de Ibirapuera (mata grande), a aldeia do cacique Caá-ubi será base da futura cidade de Santo Amaro.
Dentro das festividades comemorativas dos 470 anos de Santo Amaro, ocorreu uma missa na Catedral local, recebendo ainda as presenças do Prefeito Ricardo Nunes e da Subprefeita Patricia Penna Saraiva

História
Em junho de 1556, na Capitania de São Vicente, os jesuítas estavam repartidos em três locais determinados pelo Padre Provincial dos Jesuítas, Manoel de Nóbrega: Casa de São Vicente (São Vicente); Casa de São Paulo da Companhia de Jesus (São Paulo) e Jeribatiba (Santo Amaro), locais onde os jesuítas realizavam trabalhos de catequese e educação de crianças índias e mamelucas.
José Anchieta vindo do povoado de São Paulo de Piratininga (São Paulo), em uma das várias vezes que visitou a Aldeia de Jeribatiba percebeu que, devido ao número de índios catequizados e colonos instalados na região, era possível constituir ali um povoado, idéia aprovada pelos moradores. Para tanto se fazia necessário a construção de uma capela, necessitando, então, de uma imagem a quem esta capela seria dedicada. Sabia-se que pela região de Cupecê moravam João Paes e sua esposa Suzana Rodrigues, possuidores da imagem de um santo de sua devoção. Ao saber da proposta de Anchieta sobre a criação de um povoado, o casal doou a imagem de Santo Amaro (imagem até hoje preservada) para a capela “feita de taipa de pilão, não forrada”.
Era uma época pioneira, marcada por fatos notáveis, como os relatos de milagres de José de Anchieta; os registros sobre o caminho dos índios guaranis que, passando por Ibirapuera, iam até a Cidade de Assuncion, no Paraguai; ou ainda a criação, em Ibirapuera, do primeiro engenho de ferro do Brasil, com minérios existentes na região. Isso em 1606.
Em 1686, o Bispo do Rio de Janeiro, D. José E. Barros Alarcão, confirma a capela curada em Ibirapuera, distrito de São Paulo, elevando o povoado a categoria de freguesia, com o nome de Santo Amaro.
E por muito tempo a região será conhecida por diversos nomes indígenas, como: Birapuera, Virapuera, Ibirapuera, Geribatiba, Geribativa, Jeribatiba, Santo Amaro de Virapuera, Santo Amaro de Ibirapuera; até que tomasse definitivamente o nome de Santo Amaro.
Em 1829, ocorre a primeira instalação efetiva de uma colônia de imigrantes no Estado de São Paulo, na região de Santo Amaro (Parelheiros).
A 7 de abril de 1833, cumprindo determinação da Câmara Municipal de São Paulo, reúne-se o eleitorado paroquial, elegendo 7 vereadores para a constituição do legislativo da cidade de Santo Amaro, agora sim desvinculada e autônoma. A partir de então Santo Amaro adquire as feições de uma cidade vigorosa.

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