23/08/2019 às 17h27min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h45min

Toc: transtorno compulsivo em cães 

O tutor deve ficar sempre atento aos comportamentos do seu pet para ser capaz de perceber sinais que extrapolam o contexto de simples manias e indicam quadros que merecem tratamentos mais específicos. O desenvolvimento de manias e comportamentos obsessivos pode estar relacionado a históricos de abuso físico ou emocional.  Se o cão foi resgatado, era vítima de maus tratos ou das ruas, deve prestar atenção em suas funções sensoriais. Sintomas: os primeiros sintomas decorrem da intensificação do comportamento canino. Isso quer dizer que as atividades que o pet desempenha são muito mais potencializadas. Dessa forma, os latidos são mais frequentes, assim como o ato de se coçar é realizado em uma intensidade além do normal. O mesmo serve para escavar e arranhar excessivamente. Destruir as coisas: quem tem cachorro em casa já se deparou, pelo menos uma vez, com móveis, sapatos, roupas ou outros objetos destruídos. Esse comportamento, muito comum em filhotes, pode acompanhar o pet ao longo da vida. O que ocorre é que, ao perceber que não tem ninguém com quem interagir, o cachorro desenvolve um quadro de ansiedade e ele precisa extravasar. Essa situação de estresse em cães, geralmente, é acometida pela chamada ansiedade de separação. Essa mania tende a diminuir quando ele percebe que há uma rotina na casa e sabe que você irá chegar. No entanto, se for um comportamento persistente, é necessário levá-lo ao veterinário para que seja realizada uma avaliação mais detalhada e prosseguir com o tratamento adequado. Correr atrás do rabo: Existem diversos fatores que podem levar a esse tipo de comportamento. Por isso, é importante identificar as reais causas para proceder com as intervenções mais adequadas. Caso seu pet corra atrás do rabo com muita frequência, leve ao veterinário para que ele seja capaz de fazer a avaliação e encontrar o real motivo. Cães podem fazer isso por predisposição genética a comportamentos compulsivos. Perseguir o rabo também pode estar relacionado à idade do cão. Filhotes o fazem como forma de brincadeira. Se esse comportamento for identificado nos idosos, pode ser indício de problemas relacionados à senilidade ou demência, afirma a veterinária Livia Romeiro, especialista em comportamento canino da Vet Quality Centro Veterinário 24h. Lamber as patas: esse comportamento é uma estratégia que o pet utiliza para informar que está entediado e precisa de uma atividade que o entretenha.   Em outras palavras, é um sinal que indica que ele precisa de uma distração. Nesse caso, o melhor a ser feito é proporcionar momentos de interação. Pode ser com brinquedos, levando ele para passear ou fazendo carinho. A rotina desses tipos de atividades deve ser sempre mantida para evitar outros problemas. Apesar de ser um comportamento relativamente comum, o ato de lamber as patas é uma das manias que devem ser observadas com atenção para que não se transforme em compulsão. Fazer xixi em lugares inapropriados: Alguns cães fazem xixi na cama ou no travesseiro de quem lhe deu bronca. Isso não acontece porque eles são desaforados. Na verdade, trata-se de um sintoma que pode estar relacionado ao medo. Além disso, fazer xixi pode ser sinônimo de marcação de território. Se o pet estiver em um contexto que faça com que ele se sinta desafiado, pode sentir a necessidade de deixar seu cheiro em lugares específicos. É importante lembrar que a punição só é eficaz quando o pet é pego em flagrante. Tratamentos: nunca deixe de lembrar que um cachorro com transtorno compulsivo apresenta um desequilíbrio emocional e isso exige muita paciência e dedicação para que ele possa se recuperar em um ambiente que forneça equilíbrio e bem-estar. Como evitar transtornos compulsivos em cães: é necessário que o tutor forneça um ambiente saudável e aconchegante para seu pet. Ele deve se sentir protegido e amado. Caso ele faça xixi fora do lugar ou destrua algum objeto, jamais use a violência física ou emocional como corretivo. É necessário promover a realização de atividades físicas regularmente e oferecer uma dieta equilibrada. Fonte: Livia Romeiro, veterinária especialista em comportamento canino da Vet Quality Centro Veterinário 24h (www.vetquality.com.br/)


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