O Grupo de Estudos Científicos da Cão Cidadão (GEC), criado por Alexandre Rossi, zootecnista, especialista em comportamento animal e sócio-fundador da Cão Cidadão, conduziu uma pesquisa sobre o hábito de arranhar dos gatos domésticos e a sua preferência por alguns tecidos. “Como a arranhadura é uma questão bastante relatada por tutores e pelo fato de muitas empresas venderem os famosos tecidos ‘antigatos’, decidimos analisar se os gatos realmente demonstram alguma preferência por tecidos que revestem as mobílias. Um dos nossos objetivos é conduzir estudos científicos que possam auxiliar os tutores a se relacionarem melhor com os pets”, conta Alexandre Rossi. Para o estudo, foram escolhidos quatro tecidos com base em um questionário on-line que apontou o chenille e o couro sintético como os tecidos mais comuns nos móveis dos tutores de gatos. Paralelamente, foi feito um levantamento para verificar quais são os tecidos atualmente vendidos como “antigato”, tendo como resposta o gorgurão impermeável e o suede. Foram então confeccionadas estruturas semelhantes a arranhadores comerciais, envoltas com cada um dos tecidos escolhidos para o teste e disponibilizadas em três ONGs, nas quais foram instaladas também câmeras com sensor de movimento e luz infravermelha. No total, foram quase 150 gatos que puderam expressar a sua preferência. O GEC constatou uma aparente resposta de preferência pelo tecido chenile e não preferência pelo couro sintético e gorgurão impermeável. Assim, é possível que evitar usar o chenille e utilizar o couro sintético ou gorgurão impermeável para revestir mobílias estofadas possa reduzir danos nos móveis. Entretanto, como o estudo está em fase de submissão, visando à publicação em revista científica internacional, os achados devem ser interpretados com cautela, pois as conclusões ainda podem sofrer alterações. Fonte: Alexandre Rossi, popularmente conhecido como Dr. Pet / Cão Cidadão (https://caocidadao.com.br/)