29/05/2020 às 11h03min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h32min

As ações positivas de instituições e voluntariado na região

Em uma época difícil, pessoas e entidades agem para amenizar os problemas daqueles menos afortunados. O Grupo 1 de Jornais – Gazeta de Pinheiros continua sua campanha de divulgação dessas iniciativas positivas. ILPI: ajuda com idosos O ILPI (Instituição de Longa Permanência do Butantã) cuida de idosos da região e agradece as doações. Em post em redes sociais, aceitam máscaras, luvas, copos e aventais descartáveis, sacos de lixo, produtos de limpeza e de higiene pessoal. Além disso, também solicitam doações de roupas e alimentos não perecíveis, presentes e visitas.  Basta levar sua doação até a rua Professor Máximo Ribeiro Nunes, 399 (km 12 da Raposo Tavares). Telefone: 3804-2680.   Brasilândia Há algumas semanas, a direção do Aragon, junto com o Dr. Felipe Rossi e Analú ‘Por 1 Sorriso’, NHS Advogados, KG Sorensen, Critéria, Meiskin, Harlei Dal Olio, Zephora Self Care, Daniel da Studio Design, Bluegg Brasil, o chef Walter Lacerda e equipe, conseguiram doar mais de 4.200 marmitas na região da Brasilândia.   Aulas de reforço gratuitas Em post de rede social, o Analista de Investimentos Valter Macena da Silva Jr. se ofereceu para dar aulas gratuitas de reforço para alunos da rede pública. A Gazeta de Pinheiros conversou com ele para saber um pouco mais da ação:   Gazeta de Pinheiros - Como surgiu a iniciativa da colaboração? Valter Macena da Silva Jr. - A ideia surgiu depois que notei nas redes sociais muitas pessoas reclamando que não estavam conseguindo acompanhar, ou até mesmo acessar, o conteúdo proposto pelas escolas. Conversando com algumas pessoas, concluí que o conteúdo proposto pelas escolas, ou pela Secretária da Educação, teoricamente era o que deveria ser proposto mesmo, porém os alunos das escolas públicas, infelizmente, estão muito atrasados e não têm condições de acompanhar sozinhos o conteúdo que está sendo ministrado. Diante disso decidimos que tentaríamos ajudar de alguma forma. Por ter sempre estudado em escolas públicas sabemos bem as dificuldades que eles podem estar passando. Além disso, por ter frequentado faculdade pública, acredito que preciso dar algum retorno para a sociedade que "pagou" meus estudos.   GP - Quais foram as ações feitas e qual foi o público beneficiado? VMSJr. - A princípio a maioria das demandas, cerca de 80%, são de pessoas que não estão conseguindo acessar o Aplicativo Google Classroom. Muitas mães de alunos mais novos não têm muito contato com estas tecnologias, assim elas me procuram para ajudá-los a entrar no app e poder acessar as aulas. Além disso as outras demandas são 100% das matérias de exatas (matemática, química, física). Nota-se também que as mães, e nenhum pai, são as que estão procurando ajuda para os filhos entre 6º e 9º ano. Todos são oriundos da rede pública e geralmente das áreas periféricas da grande São Paulo.   GP - Há mais ações sendo encaminhadas? VMSJr. - Por enquanto eu estou apenas tirando dúvidas sobre a matéria, o aluno segue o caderno e os vídeos no app e quando surge alguma coisa que não entendem eu peço para me enviarem. Assim eu explico via áudio, vídeo-chamada, faço um rascunho e mando foto. Algumas mães queriam que eu desse aula mesmo, com uma certa regularidade, tanto para elas que fazem o ‘Enceja’ quanto para seus filhos, porém como as demandas são muitas e eu trabalho durante o dia, seria mais difícil eu dedicar muito tempo a cada aluno individualmente. Então minha ideia é montar uma pequena base de dados e separar os alunos por faixa etária e poder dar um curso de matemática básica para cada grupo, pelo menos umas duas vezes por semana, e continuar tirando dúvidas e auxiliando nas outras matérias. Além de ajudar, eu sempre deixo claro que é imprescindível o esforço do aluno, que dominar uma matéria requer tanto esforço quanto ganhar músculos. Precisa ter muita disciplina, dedicação, treinar muito e vencer a procrastinação e muitas outras barreiras que os jovens, principalmente os da periferia, que enfrentam barulho, falta de espaço para estudar numa casa apertada, sem acesso à internet. Tudo isso atrapalha bastante os alunos menos favorecidos e ainda não sei como resolver. Na realidade não sei até mesmo se consigo, pois para este tipo de problema o que eu procuro fazer é sempre contar um pouco da minha história para poder motivá-los de alguma forma. Sempre estudei em escola pública, comecei a trabalhar bem cedo, com 12 anos, fazendo de tudo um pouco, e tive que superar muitas barreiras para sair da periferia e poder me formar na melhor Universidade do Brasil, e hoje com 25 anos ser independente e ter uma estabilidade financeira.   GP - Quem quiser auxiliar, como deve proceder? VMSJr. - As pessoas podem entrar em contato pela minha página do Facebook (https://www.facebook.com/valtermacena) ou pelo meu WhatsApp (11) 9 8708- 8251, que farei o possível para ajudar o maior número de pessoas e tentar mostrar que a maior revolução que podemos fazer contra toda a desigualdade é estudar muito.   Voluntariado Einstein O Voluntariado Einstein está trabalhando ativamente em prol da população em situação de risco total da cidade de São Paulo, a mais atingida pela crise provocada pelo coronavírus. No dia 27 de abril, a entidade começa uma nova etapa no apoio às pessoas mais vulneráveis, com a distribuição de 3.600 mil kits – que incluem conjunto de moletom, peça íntima, chinelos, sabonetes e máscaras –, aos pacientes internados no hospital de campanha do Pacaembu. Telma Sobolh, presidente do Voluntariado Einstein, explica que muitas pessoas que foram encaminhadas para esse hospital não têm roupas para sair quando recebem alta, por falta de acesso ou por não terem familiares que possam levar os seus pertences. "É um momento de muita fragilidade e temos que ser solidários e oferecer o mínimo de suporte a esses pacientes". O Voluntariado está doando os conjuntos de moletom e chinelos, e distribuirá 20 mil máscaras de proteção doadas pelo banco Daycoval, bem como 7.200 mil sabonetes doados pela Natura e 1.800 mil peças íntimas femininas doadas pela Hope para os pacientes do hospital do Pacaembu. O banco Daycoval também contribuiu com o Voluntariado com a entrega de outras 100 mil máscaras, que serão distribuídas aos moradores das comunidades de Campo Limpo e Vila Andrade. A ação faz parte da campanha "Conexão do Bem Daycoval - Sua doação vale por 3", em que as máscaras são compradas de pequenos e médios empreendedores, que converteram a capacidade produtiva de seus negócios para a fabricação desses materiais. A ideia é ajudar a destravar a economia ao mesmo tempo em que se criam barreiras à disseminação do novo coronavírus. Além da doação de 7.200 mil sabonetes para o hospital de campanha, a Natura enviou mais 110 mil sabonetes ao Voluntariado para ajudar no combate à doença, que serão destinados para os familiares e pacientes internados nos Hospitais Municipais de Vila Santa Catarina e M’Boi Mirim. Desde março, o Voluntariado Einstein já arrecadou 50 mil kits de higiene em campanha nas redes sociais, e recebeu uma doação de 50 mil cestas de limpeza da Minuano. Agora a nova meta da ação é garantir alimentação de 10 famílias em situação de risco total das regiões de Vila Andrade e Campo Limpo. Já foi arrecadado o suficiente para ajudar sete mil famílias nos próximos meses, contudo ainda faltam outras três mil famílias. Qualquer pessoa pode colaborar com as iniciativas do Voluntariado Einstein. Para mais informações, acesse as páginas da instituição no Instagram e Facebook em @voluntarioseinstein.


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