23/04/2020 às 19h11min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h33min

Aprenda a fazer exercícios para o cérebro durante o isolamento

Mudar um hábito não é fácil. É preciso muito esforço, determinação e, acima de tudo, uma motivação forte. É o caso da população brasileira: para evitar a proliferação do novo coronavírus, as pessoas se viram obrigadas a reorganizarem suas vidas em prol do isolamento social. Nesse processo, uma das principais dificuldades é adaptar-se e manter o cérebro ativo durante todo o confinamento. “A quarentena é muito importante. A orientação é a de ficar em casa, recluso, evitando o contato social direto e reduzindo o risco de transmissão”, ressalta o dr. Rubens Gagliardi, presidente da Associação Paulista de Neurologia (Apan). Para manter as funções cerebrais em pleno funcionamento, a indicação do neurologista é realizar atividades físicas e intelectuais. Andar pela casa, fazer alongamentos, realizar levantamentos de peso (com pacotes de arroz ou feijão, por exemplo), além de ler, estudar e se atualizar são as principais recomendações. “É muito importante não parar. Temos que manter o cérebro ativo, senão ‘enferruja’”, explica o especialista. Estudar um assunto do interesse do indivíduo ajuda a exercitar a memória, a concentração e o foco. Se a pessoa gosta de números, estudar matemática pode ser estimulante. Já se ela se interessa por literatura ou artes, o interessante é ler sobre esse tema. Aprender uma nova língua, seja ela qual for, também tem impactos muito positivos para o intelecto humano. “Nesses casos, a internet é uma aliada. Uma ferramenta que, quando bem utilizada, propicia uma boa maneira de manter o cérebro ativo”, pontua dr. Rubens.   Pacientes com doenças neurológicas Alzheimer, Parkinson, AVC e outras complicações neurológicas podem causar limitações motoras, sequelas, a necessidade de cuidadores e até mesmo, deixar o paciente de cama. Nessas situações, os riscos durante a quarentena são maiores, mas os cuidados são os mesmos. “A atenção deve ser redobrada, mas a base é exatamente a mesma”, diz o neurologista. A preocupação maior é com a imunidade: manter uma alimentação saudável e correta, dormir bem e estar descansado, manter atividades físicas e intelectuais, ajudam no fortalecimento da defesa do organismo e no combate à doença.   Convívio com idosos Já os idosos, aqueles acima de 60 anos, estão no grupo de risco do contágio. Eles são mais propensos a contrair a doença e desenvolver sintomas mais graves, portanto, necessitam seguir a quarentena à risca. “É um grupo que deve fazer zoneamento restrito, bem como evitar contato com pessoas com suspeita de infecção”, destaca dr. Rubens. Porém, mesmo isolados, devem motivar-se a não parar e manter uma rotina diária de atividades físicas e intelectuais, assim como o resto da população. Os familiares, ainda que a distância, devem apoiar, incentivar e prestigiar essas atividades. Consultar médicos sobre os exercícios mais indicados para os idosos além de motivar o estudo e a leitura são fundamentais no cuidado com a terceira idade. Para aqueles que moram sozinhos, há ainda a preocupação psíquica, já que o isolamento poderá afetá-los de diferentes maneiras. A sensibilidade dos netos, filhos e sobrinhos em manter a comunicação social por telefone ou até mesmo pela internet é imprescindível para o convívio e a demonstração de afeto para com essa geração. Fonte: Dr. Rubens Gagliardi, presidente da Associação Paulista de Neurologia – Apan (www.apan-sp.com.br)


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