20/03/2020 às 16h18min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h33min

Outono deixa organismo mais vulnerável a doenças e alergias oculares 

Hoje (20) começa o outono, estação que se caracteriza pelo aumento da incidência de ventos, diminuição da umidade do ar e variações da temperatura. Esse conjunto de fatores influencia o sistema imunológico das pessoas deixando o organismo mais vulnerável a doenças oculares, como conjuntivite e Síndrome do Olho Seco, além de alergias. De acordo com o oftalmologista Hilton Medeiros, da Clínica de Olhos Dr. João Eugenio, um dos fatores para o crescimento de problemas oculares nessa época do ano é o aumento da poeira, causado pela queda nas temperaturas e na umidade do ar. "O tempo seco aumenta a concentração de poluentes no ar, um agravante para as alergias oculares", explica o médico. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 57 milhões de brasileiros tenham algum tipo de alergia. Em mais da metade dos casos, a doença se manifesta nos olhos. A baixa umidade do ar diminui a lubrificação ocular, podendo causar a Síndrome do Olho Seco, que é caracterizada pela pouca ou má qualidade da lágrima, deixando a superfície dos olhos seca, facilitando o aparecimento de infecções e inflamações. A melhor forma de se prevenir é lavar os olhos com soro fisiológico gelado quando sentir irritação, usar colírios lubrificantes (prescritos por um oftalmologista) e usar óculos de sol com lentes UVA e UVB. "Mesmo com menor quantidade de luz solar no outono, a luminosidade nesta época pode continuar alta", esclarece Hilton Medeiros. Coçar os olhos é uma atitude quase que instantânea de quem está com a vista seca. Mas, segundo o médico, isso deveria ser a última coisa a ser feita, pois pode trazer problemas sérios. "Quando ao paciente coça o olho, expõe o globo ocular a um trauma constante e repetitivo", alerta o especialista. O tratamento para os casos leves é feito com colírios lubrificantes. Os casos mais graves são tratados com géis lubrificantes oftalmológicos, corticoides e até mesmo cirurgias. A redução da lubrificação nos olhos também os deixa mais expostos à ação de fungos e bactérias. Em função disso, neste período, a conjuntivite viral se torna frequente e pode responder por aproximadamente 90% dos casos. A transmissão costuma ocorrer pelas mãos, por toalhas, cosméticos, uso prolongado de lentes de contato, entre outros. Para evitar contrair a conjuntivite, Hilton Medeiros recomenda lavar as mãos frequentemente, não coçar os olhos e não compartilhar objetos pessoais (óculos, maquiagem, toalhas, colírios, roupa de cama). Além disso, é importante manter a casa e o ambiente de trabalho livres de pó e limpar com álcool equipamentos como o teclado do computador e o mouse. Fonte: Hilton Medeiros, oftalmologista da Clínica de Olhos Dr. João Eugenio (https://clinicadeolhosjoaoeugenio.com.br)


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