08/08/2024 às 20h47min - Atualizada em 08/08/2024 às 20h47min
Instituto Butantan oferece poucas respostas ao público sobre supostos crimes ambientais
O Instituto Butantan é uma das maiores referências científicas e educacionais do Brasil. Sua produção de vacinas é um estudo de caso ao redor do mundo, e sem ele perderíamos muito no campo acadêmico. Mas o Instituto vem passando recentemente por problemas relacionados às ações questionáveis como o desmatamento supostamente criminoso de sua área florestal, em relação ao meio-ambiente e às decisões administrativas internas.
Frequentemente procurados pela redação do Grupo 1 de Jornais, o Instituto não altera suas posturas: com respostas protocolares, evita se posicionar de maneira assertiva sobre as polêmicas internas e externas relacionadas à instituição e, como mostram denúncias constantes dos próprios leitores, não parece se demover das suas pretensões empreendedoras que ameaçam o mesmo meio-ambiente que deveria estar também sob sua proteção.
Os problemas recentes do Instituto
A lista de problemas recentes praticados ou ocorridos no Instituto Butantan é longa, e definitivamente não condiz com a comunicação oferecida ao jornal ou ao público. Desde 2022 o Grupo 1 de Jornais realiza denúncias sobre o desmatamento de mais de duas mil árvores, em área de preservação. Também foi denunciado por leitores, corte de árvores centenárias, dentro do Horto Oswaldo Cruz, apontando que as ações continuam.
Não obstante - e talvez mais grave - a Justiça do Estado condenou Carlos Augusto Mattei Faggin, outras 38 pessoas e mais duas empresas por improbidade administrativa, algo extremamente grave na esfera legal. Faggin, então presidente do Condephaat e até recentemente presidente da Fundação, está diretamente envolvido na derrubada de 2 mil árvores e a “aprovação” do próprio Plano Diretor do Butantan.
Assim, cabe apontar que a lista de explicações, sobre supostos crimes ambientais denunciados por ambientalistas e moradores vizinhos da região é muito mais longa do que realmente oferecida ao jornal. A Fundação Butantan, responsável pelo Instituto Butantan, precisa oferecer explicações mais claras sobre “mudanças” extraordinárias de sua diretoria e estabelecer se pretende ouvir e atender às objeções da população, relacionadas a sua administração ambiental.